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Novas linhas de transmissão ampliam a capacidade de escoamento de energia da região Nordeste – Edição do Dia

A capacidade de transmissão de energia renovável proveniente do Nordeste terá ganhos significativos a partir de abril. A conclusão dos empreendimentos, que fizeram parte do leilão de transmissão nº 02 de 2018, permitirá que mais energia renovável seja transmitida, aumentando o aproveitamento do potencial de energia limpa e sustentável gerado na região Nordeste e ampliando a capacidade de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Seguimos entregando obras importantes para incrementar a segurança energética do Brasil. No ano passado, realizamos leilões de transmissão de energia que totalizaram R$ 37,4 bilhões em investimentos, além de 6,1 mil km de extensão. Teremos, ainda em 2024, novos leilões com mais de R$ 22 bilhões de investimento”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que novas linhas de transmissão passem a integrar o SIN de abril a junho. Serão interligadas as subestações Pacatuba, Jaguaruana II, Russas II, no Ceará e Mossoró IV e Açu III, no Rio Grande do Norte. As linhas de transmissão possuem um total de 480 km de extensão, distribuídos em 230 kV e 500 kV. Já as novas subestações contam com uma capacidade de transformação total de 3.100 MVA.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a integração das novas linhas de transmissão e subestações possibilitará a elevação da exportação de energia do Nordeste para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte. “Esta é uma oportunidade para aumentarmos o escoamento das usinas fotovoltaicas e eólicas, ainda mais na próxima safra dos ventos que começa em junho e se estende até novembro. O Brasil já conta com uma matriz diversa e estamos no caminho certo”, diz Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

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Com a entrega das obras, a capacidade de transferência da região Nordeste para a região Norte passará a ser de 6.200 MW. Já a capacidade de transferência da região Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste será de 7.200 MW. A exportação do Nordeste poderá ter volume de até 12.500 MW.

Ricardo Nunes representa contra a Enel e afirma que ninguém aguenta mais a empresa

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou na noite de sábado (23/3) a representação contra a Enel no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para pedir a rescisão do contrato da concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo.

Ele havia anunciado que faria isso após os transtornos causados por apagões na região central da cidade durante a semana. A falta de eletricidade prejudicou comerciantes, afetou o abastecimento de água e deixou pacientes sem atendimento na Santa Casa de São Paulo. Além disso, provocou o cancelamento de eventos como espetáculos teatrais e lançamento de livros e deixou no escuro prédios icônicos e turísticos como o Copan e o edifício Itália.

“Ninguém aguenta mais a Enel”, disse Nunes. “Diante da ineficiência intolerável, agi novamente, representando junto à Aneel e ao TCU”. Segundo ele, a administração municipal já havia ingressado recentemente com duas ações contra a empresa nesses dois órgãos. O prefeito afirmou que o modelo de concessão impede a prefeitura de intervir, o que cabe aos órgãos federais. (Folha de S. Paulo)

O impacto do leilão de reserva de capacidade para o gás em dez pontos

O leilão de reserva de capacidade, previsto para 30 de agosto deste ano, vai exigir do mercado de gás natural produtos mais flexíveis e pode estimular novos modelos de negócios no setor. A Agência EPBR ressalta que esse será o 2º leilão de potência da história, mas a concorrência deste ano traz novidades que – fora a inclusão das hidrelétricas na disputa — mexem com a dinâmica da oferta de gás.

Dessa vez a licitação foi desenhada com o objetivo de contratar termelétricas 100% flexíveis que consigam ser acionadas rapidamente a qualquer momento, em tempo real, para atender às variações instantâneas da demanda.

Essa é uma mudança de rota em relação ao 1º leilão, de 2021, no qual os geradores assumiram compromissos de atender às programações diárias de despacho, definidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A agência indica dez pontos de potenciais impactos do leilão de potência sobre o mercado de gás. A primeira chance para térmicas a gás no governo Lula é um deles. Outros destaques: as térmicas existentes saem em vantagem em prazos apertados; o leilão pode impulsionar o serviço de estocagem; as regras do certame exigem gás mais flexível; Eneva e Petrobras são candidatas naturais; o leilão é teste e chance para terminais de gás natural liquefeito (GNL) ociosos; o perfil do certame não é para qualquer projeto.

A EPBR destaca, ainda, que o mercado aguarda a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) definir a potência a ser contratada.

Previsão de chuvas no país: Sudeste segue sob risco de enchentes e deslizamentos

A previsão do tempo e a análise de riscos de enchentes e deslizamentos seguem sugerindo alerta à população em várias áreas do país nesta segunda-feira, sobretudo no Sudeste, região já castigada nos últimos dias. A intensidade das chuvas tende a diminuir e já não há mais alertas máximos de “alto risco” do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mesmo assim, a situação ainda é delicada e aspira cuidados – inclusive em outras regiões.

De acordo com o Inmet, há alerta laranja de perigo por conta das chuvas em regiões dos estados do Amazonas, Maranhão, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima, Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, Minas Gerais e São Paulo, por conta da possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos, de 60 a 100 km/h, além de risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. (O Globo)

Chuvas deixam 25 mortos no Rio de Janeiro e Espírito Santo

As chuvas que atingiram a região Sudeste neste fim de semana deixaram ao menos 25 mortos no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O Espírito Santo registrou 17 mortes. O governo do estado atualizou o número neste domingo (24/3). Mimoso do Sul, uma das cidades mais afetadas pelo temporal, teve 15 mortes no total. As outras duas foram no município de Apiacá. Pelo menos 5.200 pessoas permanecem desalojadas e 255 estão desabrigadas em todo o estado. Não há registros de desaparecidos até o momento.

No Rio de Janeiro, foram oito mortes, nos municípios serranos de Petrópolis e Teresópolis. (portal UOL)

Governo brasileiro quer ir além do hidrogênio e exportar produtos verdes

Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que a política de comércio exterior brasileira, dentro do contexto de transição energética, não se restringe a exportar hidrogênio verde. Vai além. Mira a busca de investidores e a abertura de mercado para os chamados produtos industrializados de baixo carbono.

O posicionamento ficou claro em evento na embaixada do Brasil em Berlim na segunda-feira (18/3), que reuniu representantes do setor empresarial e dos governos brasileiro e alemão. O encontro faz parte da agenda paralela do BETD24 (10º Diálogo de Transição Energética de Berlim), fórum na capital alemã que reúne nesta semana mais de 2.000 especialistas de 90 países para tratar de alternativas aos combustíveis fósseis.

Crescem concessões de crédito para sistemas domésticos de energia solar

A redução da taxa básica de juros, a Selic, a partir do segundo semestre do ano passado, deu novo fôlego à concessão de financiamentos para a implantação de sistemas de captação de energia solar, conforme indica reportagem da Folha de S. Paulo.

O cenário começou a mudar em novembro, com a ajuda relevante das ondas de calor intenso e o consumo de energia elevado pelo uso de ventiladores e equipamentos de ar condicionado.

A reportagem destaca que o cenário econômico favorável deu gás aos pedidos de financiamento e simulações. Segundo a Folha, o Itaú Unibanco terminou 2023 com 43% mais contratos de crédito na linha para energia solar, que financia a compra e a instalação de placas fotovoltaicas.

Segundo o banco, cresceu, no ano passado, a base de integradores — como são chamadas as empresas que atendem os consumidores com o projeto e instalação dos sistemas— parceiros e credenciados em suas bases.

‘Distribuidoras’ de energia solar atraem dois milhões de clientes com redução de 20% na conta de luz. Entenda o novo modelo

Esse é o tema de reportagem publicada ontem (24/3) pelo jornal O Globo, explicando que empresas usam incentivos para criar fazendas solares das quais consumidores viram ‘condôminos’, livrando-se de encargos que são repassados pelas concessionárias.

De acordo com a reportagem, em vários bairros do Rio de Janeiro, uma empresa de energia anuncia conta de luz até 20% mais barata que a da concessionária local, a Light, que até agora era a única opção de consumidores residenciais e pequenos estabelecimentos.

Essa estratégia de marketing também é visível em outras cidades e estados, como Minas Gerais e São Paulo, onde cresce o número de companhias que se apresentam como alternativa a quem quer escapar do alto custo da energia por meio da geração solar distribuída.

“Vamos seguir com as operações independentemente de quem seja o acionista”, diz presidente da Cemig sobre federalização

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reafirmou que as negociações sobre uma possível federalização da empresa é discussão entre seu acionista majoritário, o estado de Minas Gerais, com a União, e que há pouco o que eles possam comentar.

“Nós vamos seguir com nossas operações e o dia a dia habituais independentemente de quem seja o acionista majoritário”, disse Reynaldo Passanezi, diretor-presidente da Cemig, durante teleconferência de resultados, na semana passada. O executivo lembrou que o assunto está em análise pelo Ministério da Fazenda, que deve apresentar seu parecer sobre uma solução para abater parte da dívida de R$ 160 bilhões que o estado tem com a União. (Valor Econômico)

Javier Milei leva motosserra para estatais argentinas

O presidente da Argentina, Javier Milei, lançou uma campanha agressiva para reformar empresas estatais do país que vão desde uma companhia aérea e uma petrolífera até o serviço de correios, depois que seus planos para privatizá-las terem sido contidos pelos parlamentares.

Milei descreveu a privatização das estatais da Argentina como prioridade durante a campanha eleitoral, mas até agora tem encontrado dificuldade em obter apoio para tal no Congresso.

No meio tempo, a equipe dele começou a cortar custos em larga escala em dezenas de estatais como parte de seu esforço para equilibrar o orçamento da Argentina em 2024, o que desencadeou conflitos ferrenhos com funcionários e sindicatos.

As cerca de 40 estatais fornecem serviços públicos, como transporte ferroviário de passageiros, esgoto e energia. A maioria operou com prejuízo nos governos anteriores. Agora, o governo Milei nomeou novos gestores em muitas delas, com a tarefa de reduzir o número de funcionários e reformular suas estratégias. (Valor Econômico – com informações do jornal Financial Times)

PANORAMA DA MÍDIA

A prisão preventiva pela Polícia Federal (PF), ontem (24/3), de três suspeitos de serem os mandantes da morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, pouco mais de seis anos após o crime, é o principal destaque da mídia nesta segunda-feira (25/3).

Na operação “Murder Inc.”, foram detidos os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e o deputado federal Chiquinho Brazão, além de Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio – que comandava uma organização criminosa, segundo a PF. (Valor Econômico)

As prisões deste domingo são tratadas na PF como uma grande conquista, já que o caso havia sido finalizado sem chegar aos mandantes. No início do ano passado, primeiros meses do governo Lula, o novo superintendente da polícia no Rio de Janeiro reabriu a apuração, desta vez em âmbito federal. Os três suspeitos foram levados para Brasília no fim da tarde. Eles devem ser encaminhados a presídios federais diferentes, o que ainda depende de decisão judicial. (Folha de S. Paulo)

A investigação revelou detalhes do funcionamento de uma rede de autoridades públicas por trás do crime praticado em 2018. Os envolvidos são integrantes da Câmara dos Deputados, da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. (O Estado de S. Paulo)

Após um ano de investigação dos agentes federais, há anexos da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso do crime, ainda em segredo de justiça. Isso porque o colaborador também fala de outros 11 crimes que praticou. As informações prestadas trazem luz para outras investigações em andamento. (O Globo)

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