Planejamento

Haddad defende 'reglobalização' verde e aproximação brasileira com a Europa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 27 de março, que o mundo precisa repensar a globalização sob uma ótica sustentável, englobando assuntos sociais, ambientais e econômicos.

São Paulo, 27 de março de 2024. 8º Fórum Brasil França. Foto: Everton Amaro / Fiesp
São Paulo, 27 de março de 2024. 8º Fórum Brasil França. Foto: Everton Amaro / Fiesp

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 27 de março, que o mundo precisa repensar a globalização sob uma ótica sustentável, englobando assuntos sociais, ambientais e econômicos.

“Queremos fortalecer o nosso bloco regional, mas não no sentido de patrocinar o isolamento e o protecionismo à moda antiga. A nossa intenção é propor uma ‘reglobalização’ sustentável do ponto vista econômico, social e ambiental. O mundo está se fechando, e o Brasil entende que seria desejável para o futuro repensar a globalização sob novos termos”, disse o ministro no 8° Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira, 27 de março.

Segundo Haddad, o governo tem mantido um diálogo de aproximação com outros países, principalmente com a Europa. O pronunciamento do ministro antecedeu a chegada de Emmanuel Macron, presidente da França, no evento, que sofre pressão interna para não assinar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, principalmente do setor agro.

Haddad comparou um possível acordo entre o Mercosul e a União Europeia com a aprovação da reforma tributária no Brasil. Segundo ele, o Brasil demorou 40 anos para aprovar a reforma tributária que “colocou um ponto final no caos tributário”. “Não devemos desistir desse acordo. Se foi possível aprovar a reforma tributária depois de 40 anos, por que não, depois de 20 [anos] aprovar um bom acordo União Europeia e o Mercosul?”, questionou o ministro.

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Contudo, ao subir no palco, Macron disse que o acordo é ultrapassado, já que é negociado há mais de 20 anos, e não considera as premissas do debate global atual, principalmente em relação à sustentabilidade.

“Deixemos este acordo para trás, vamos construir um novo, iluminado pelas novas ideias”, afirmou o presidente francês.

Segundo o mandatário, o mercado francês passou por mudanças nos últimos anos, levando empresas a alterarem seus padrões de atividades.