Do total de energia comercializada no mercado livre, mais da metade do volume vendido – exatamente 55,9% – está alocada em contratos com duração de até quatro anos.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Boletim da Energia Livre, publicação da Associação Brasileiras dos Comercializadores de Energia (Abraceel) que apresenta o panorama mensal do mercado livre de energia no Brasil, atualizado com base nos indicadores mais recentes divulgados por diversas instituições e consultorias.
A duração mais curta dos contratos é considerada um fator que contribui para formar preços mais vantajosos aos consumidores. Isso porque geradores e comercializadores precisam retornar ao mercado com mais constância para revender a eletricidade liberada dos contratos recém-encerrados, competindo inclusive com energia de novas usinas de fonte solar e eólica, cujos preços de produção estão decrescentes, beneficiando assim o consumidor final. As informações foram publicadas pelo portal Ipesi (noticiário das indústrias).
Eletrobras estuda alternativas para viabilizar saída da Emae
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que a Eletrobras estuda alternativas que possam permitir seu desembarque da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), estatal paulista que será privatizada em leilão marcado para o próximo dia 19.
De acordo com a reportagem, a companhia segue considerando sair do quadro de acionistas, mesmo após a tentativa frustrada de negociar com o governo paulista a inclusão de sua participação no pacote de venda no leilão. Agora a ideia é se aproximar dos potenciais interessados no ativo, de forma a deixar clara a visão que a empresa tem para a companhia privatizada.
Apesar de sinais já dados de desinteresse pelo ativo e de preferência pela monetização, fontes próximas à Eletrobras dizem que ainda não há “martelo batido” dentro da empresa, e as alternativas seguem na mesa.
A Eletrobras é acionista minoritária importante da Emae, com 39% do capital total da estatal paulista. Pelo preço mínimo estipulado no edital de privatização, essa fatia pode render pelo menos R$ 761 milhões à companhia. O valor é muito próximo daquele a ser obtido pelo governo paulista no certame.
“Aneel não tem condições de fiscalizar e acompanhar o setor elétrico como um todo”, afirma diretor da agência
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, afirmou que o órgão não tem mais condições de fiscalizar o setor elétrico como um todo. Durante reunião da diretoria da Aneel, nesta terça-feira (2/4), Tili disse que a saída para melhorar os serviços prestados ao consumidor é contar com a parceria das agências estaduais.
“Chegamos num ponto que é irreversível. A agência não tem condições de fiscalizar e acompanhar o setor elétrico brasileiro como um todo. A Aneel tem um quadro de pessoal pensado há 25 anos, que foi estruturado para atender um setor elétrico que era muito menor do que é hoje. Temos um quadro de quadro de servidores com um déficit enorme, para uma demanda de 25 anos atrás”, afirmou. (O Globo)
Governo Lula quer endurecer contratos de energia, planeja antecipar renovações e pode barrar Enel
O Ministério de Minas e Energia quer criar regras mais rígidas para as concessões de energia elétrica, antecipar a renovação de quem já puder cumprir as novas normas e barrar a extensão daquelas que não aderirem a tais normas — o que pode impactar o caso da Enel.
A ideia foi revelada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à Folha de S. Paulo. O objetivo é evitar que companhias se isentem da responsabilidade por falhas relacionadas a condições climáticas e ampliar o peso da percepção social do serviço prestado no controle de qualidade.
Governo prevê prorrogar subsídios em MP para reduzir conta de luz
O Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu acrescentar na mesma medida provisória (MP) que pretende garantir a redução de até 4% na conta de luz, a extensão de subsídios que acabam impactando diretamente as tarifas de energia e são pagos pelos consumidores.
A minuta da MP, em avaliação na Casa Civil, estende por 36 meses o prazo para que projetos de geração de energia renovável com subsídios do governo entrem em operação no país. O prazo inicial estabelecido em 2021, quando foi aprovada a privatização da Eletrobras, era de 48 meses, vencendo no ano que vem.
Esses empreendimentos, principalmente no Nordeste, têm descontos nas tarifas de transmissão (Tust) e distribuição (Tusd). Esses descontos, porém, são pagos pelos consumidores na conta de luz. A MP está em discussão no governo e, segundo o ministro Alexandre Silveira, será publicada na semana que vem.
Nota técnica que embasa a MP avalia que há um estoque de cerca de 145 gigawatts (GW) em projetos. Desse total, são 88 GW de outorgas de autorização emitidas e cujas obras não foram iniciadas. O entendimento do governo é que alguns empreendimentos não entraram em operação porque não haveria linhas de transmissão suficientes para ligar essas usinas — o que se promete ser resolvido agora. (O Globo)
Transpetro inaugura usina solar para abastecer todo seu terminal de Guarulhos
A Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transportes, inaugura nesta quarta-feira (3/4) uma usina solar fotovoltaica com capacidade máxima de 2,8 MW (megawatts) para abastecer todo o seu terminal de Guarulhos (SP).
A instalação dos painéis solares inicia o projeto da empresa de prover energia renovável para seus terminais. A usina produzirá energia suficiente para atender as bombas dos dutos de entrega de combustíveis para as distribuidoras e de querosene de aviação para o aeroporto de Guarulhos.
A eletricidade produzida também abastecerá a base de carregamento rodoviário da Transpetro a maior do Brasil. Parte desse combustível vai para Congonhas e Campo de Marte, em São Paulo, e Viracopos, em Campinas. (Folha de S. Paulo)
Governo aposta em fundos internacionais para financiar infraestruturas adaptadas às mudanças climáticas
Reportagem da CNN Brasil destaca que, com eventos extremos recorrentes e orçamento público apertado, o governo federal admite cenário desafiador para construir e adaptar num ritmo adequado infraestruturas que enfrentem as mudanças climáticas. A solução trabalhada no momento é melhorar o ambiente de negócios e fortalecer mecanismo de atração de capital externo.
Em entrevista à CNN, o Secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse que, no cenário atual de mudanças climáticas, o Brasil precisaria investir o equivalente a 3,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, mas investe cerca de 1,7%.
Weg troca CEO e coloca no comando Alberto Kuba, um ex-estagiário com 22 anos de casa
De estagiário a CEO da sexta maior empresa da Bolsa de Valores em valor de mercado. É essa a trajetória de Alberto Kuba, novo executivo que chega ao comando da fabricante catarinense WEG esta semana, com foco na internacionalização dos negócios, destaca reportagem do Valor Econômico.
Com 22 anos de experiência na empresa, o engenheiro elétrico deixou o interior de São Paulo aos 21 anos para ingressar no departamento comercial da WEG, quando a empresa alcançava seu primeiro bilhão em faturamento. Em 2023, o faturamento da empresa atingiu R$ 32 bilhões, se consolidando como uma das maiores empresas de tecnologia industrial do mundo.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O mercado de capitais tem ganhado peso como fonte de financiamento das empresas brasileiras, ao mesmo tempo em que perdem espaço o BNDES e o crédito bancário. Segundo analistas, avanços na regulação e a ampliação dos mercados em termos de abrangência e volume indicam que se trata de um caminho sem volta, ainda que não se tenha alcançado a magnitude dos países desenvolvidos.
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O Estado de S. Paulo: Em 15 anos, 123 juízes foram “punidos” sem perder salários. O Judiciário desembolsa cerca de R$ 59 milhões por ano com esse contingente.
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O Globo: A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
manteve na terça-feira (2/4), por unanimidade, uma decisão que autorizou a polícia e o Ministério Público (MP) a solicitarem relatórios de inteligência financeira diretamente ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sem prévia autorização judicial. A definição dá fôlego a investigações em andamento, já que uma reversão poderia paralisar casos que incluem provas originadas a partir de informações do órgão, como apurações sobre a trama golpista que resultou no 8 de Janeiro e envolvendo o crime organizado.
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Folha de S. Paulo: O número de assessores policiais militares à disposição do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), é superior ao efetivo empregado pela Polícia Militar em 588 municípios paulistas, o que representa 91,2% das 645 cidades do estado.