Reportagem do Valor Econômico destaca que o Brasil é um dos países que reúnem as condições mais favoráveis para produzir em larga escala o chamado hidrogênio verde (H2V) e alcançar o protagonismo global na condução da transição das tecnologias energéticas baseadas em combustíveis fósseis para as renováveis. Além de privilegiado por ter fontes limpas de geração de energia, como água, vento e incidência solar, o país é rico na produção de biomassa, o que pode diferenciá-lo na produção do combustível.
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, indicam que o Brasil tem potencial para produzir até 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano. Se for considerado apenas o potencial de produção a partir de fontes renováveis onshore, esse potencial cai para 18 megatoneladas/ano. Mesmo assim, esse volume já representa aproximadamente 20% da produção global atual de H2V, diz Felipe Gonçalves, superintendente de pesquisa da FGV Energia, centro de estudos mantido pela Fundação Getulio Vargas.
De acordo com a reportagem, atualmente existem ao menos 15 plantas-piloto de hidrogênio verde no país ou em processo de implantação, a maioria delas voltada à produção a partir da eletrólise da água, que utiliza eletricidade de fontes renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica. A região Nordeste é a que concentra o maior número de projetos para produção de hidrogênio de baixo carbono.
Confiante na renovação da concessão, EDP confirma investimento de R$ 30 bilhões no Brasil
Primeira na fila para renovação das concessões de distribuição de energia no país, a EDP Brasil está confiante sobre o andamento do processo no governo federal, informa o Valor Econômico. A partir do ano que vem, uma série de concessões de distribuição de energia chega ao fim. A da EDP Espírito Santo é a primeira delas, com vencimento em julho de 2025.
A publicação dos critérios é aguardada desde o fim de 2023 por cerca de 20 concessionárias do serviço de distribuição, que atendem a mais de 50 milhões de consumidores no país. As companhias foram privatizadas nos anos 1990, quando firmaram contratos de 30 anos, sem renovação automática. A EDP já manifestou interesse em permanecer com a operação no Espírito Santo.
Petrobras informa sobre a manifestação do conselho de administração em relação à distribuição de dividendos
A Petrobras informa que o conselho de administração (CA) da companhia, em reunião realizada no dia 19 de abril, em continuidade ao seu processo de esclarecimento sobre a destinação do lucro remanescente do exercício de 2023 e a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, tomou conhecimento das explicações e dados apresentados pela diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores.
Considerando cenários dinâmicos, como a evolução do Brent, do câmbio e outros fatores, o conselho entendeu, por maioria, serem satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da companhia no curto, médio e longo prazo e da preservação da governança. (Fonte: Agência Petrobras)
Conselho da Petrobras libera pagamento de 50% dos dividendos extraordinários
O Conselho de Administração da Petrobras definiu, em reunião na sexta-feira (19/4), pela liberação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido retidos em sua totalidade.
A expectativa é que a proposta seja aprovada ao ser levada à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para o próximo dia 25 de abril. O pagamento dos 50% remanescentes ainda será avaliado pelo conselho. (O Globo)
Tesouro espera receber R$ 6 bilhões com 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras
O Tesouro espera receber cerca de R$ 6 bilhões, caso seja concretizada a distribuição de metade dos dividendos extraordinários da Petrobras.
Esse valor não consta do orçamento deste ano. Portanto, caso os recursos ingressem, ajudarão a compensar, em parte, eventuais frustrações de receitas com outras medidas.
O governo enfrenta dificuldades em avançar no Congresso com propostas que reduzem gastos tributários, como o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a cobrança de contribuição previdenciária sobre a folha salarial em 17 setores intensivos em mão de obra. (Valor Econômico)
ONS: temperaturas mais amenas reduzem as projeções na demanda de carga em todo o país
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), da semana operativa que vai de 20 a 26 de abril, traz cenários prospectivos de expansão na demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. O avanço estimado para o último dia de abril é, no entanto, menos elevado do que o divulgado nas revisões anteriores para o mês. A previsão de temperaturas mais amenas é um dos fatores que justifica esse comportamento.
O SIN deve acelerar 7,2% (79.359 MWmed) e o submercado com crescimento mais expressivo é o Nordeste, com 8,3% (13.201 MWmed). Para as demais regiões, as projeções são as seguintes: o Sudeste/Centro-Oeste, com 7,6% (45.386 MWmed), o Sul, com 6,1% (13.368 MWmed) e o Norte, com 5,1% (7.404 MWmed). Os números são comparações entre as estimativas de abril de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023.
As perspectivas de Energia Armazenada (EAR) estão estáveis, com três regiões devendo encerrar o mês com níveis de reservatórios acima de 70%. A exceção a esse padrão é o Sul, com 69,9%, uma condição próxima dos 70%. A previsão para o Norte é de 96,5%, seguido pelo Nordeste, com 77,2%, e pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 74,1%.
As estimativas para os índices de afluência ao final de abril estão abaixo da média histórica para o período em três subsistemas. Os percentuais de Energia Natural Afluente (ENA) para estas regiões são de 85% da Média de Longo Termo (MLT) para o Sudeste/Centro-Oeste; 84% da MLT para o Norte; e 66% da MLT para o Nordeste. A exceção aos demais deve ser registrada no Sul, que deve atingir 143% da MLT.
O Custo Marginal de Operação (CMO) reduziu, no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, ante a última semana, e está em R$ 3,63 nestes dois subsistemas. Para as regiões Nordeste e Norte, o CMO está zerado. (Fonte: ONS)
Inundação de aço barato chinês alimenta reação global, dos EUA, ao Brasil, Índia e Vietnã
A crise imobiliária épica na China sobrecarregou suas siderúrgicas com um excesso de metal não vendido. Elas agora estão vendendo para o exterior a preços reduzidos — e os Estados Unidos não são o único país que está reagindo.
O presidente Joe Biden solicitou na quarta-feira (17/4) a autoridades comerciais dos EUA a imposição de tarifas mais pesadas às importações de aço chinês, na ação mais recente de uma campanha mais ampla contra as exportações baratas chinesas que segundo Washington estão inundando os mercados globais e o americano.
As exportações chinesas de aço cresceram 33% no último ano, com os grandes produtores do país tentando descarregar seus produtos no exterior diante da recessão no mercado interno da construção. Nos 12 meses até fevereiro, a China exportou 95 milhões de toneladas de aço, segundo dados da Alfândega chinesa, uma soma que supera as estimativas do consumo total de aço pelos EUA em todo o ano de 2022. (Valor Econômico – com informações da agência Dow Jones)
Paineis solares em edifício centenário geram debate no Reino Unido
Escalando o telhado inclinado da Capela do King’s College, marco icônico em Cambridge, com a agilidade de um estudante universitário, Toby Lucas, 56 anos, apontou para onde seus artesãos haviam soldado painéis solares em uma extensão de chumbo recém-instalado. Foi a parte mais assustadora do projeto, ele disse, porque uma faísca poderia ter incendiado as vigas de 500 anos que sustentam o telhado desta obra-prima do gótico inglês.
Seus 438 painéis fotovoltaicos, juntamente com os painéis solares em dois prédios próximos, fornecerão um pouco mais de 5% da eletricidade do colégio.
Mas sendo uma cidade universitária, e a Capela do King’s College uma obra de arquitetura tão singular, o debate sobre a instalação dos painéis foi longo e animado — uma mistura intensa de estética, economia e política. Mesmo agora, com a estrutura de andaimes desmontada e os painéis começando a absorver a luz do final do inverno, os críticos estão ansiosos para apontar por que o projeto foi um erro.
Estes são trechos de reportagem do jornal The New York Times, publicada hoje (22/4) pela Folha de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: As companhias brasileiras gastaram mais com despesas financeiras, compostas principalmente pelo pagamento de juros, do que com as suas atividades de investimento em 2023, revela levantamento realizado com todas as empresas de capital aberto do país. Foram R$ 306,8 bilhões com essas despesas no ano passado, alta de 8,2% frente a 2022. Em paralelo, o caixa das atividades de investimento alcançou R$ 298,7 bilhões, praticamente estável no mesmo intervalo analisado.
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O Globo: Fenômeno na esfera federal, o aumento das emendas parlamentares no orçamento também ganhou tração nas assembleias estaduais, na esteira do que se vê no Congresso. A soma do montante que cada estado permitiu em leis orçamentárias para esse tipo de gasto chegou a R$ 9,5 bilhões no ano passado.
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O Estado de S. Paulo: Minha Casa Minha Vida tem alta procura após ser turbinado pelo governo. Programa precisará de verba extra para não congelar financiamento.
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Folha de S. Paulo: O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda mudar o arcabouço legal da mineração para forçar empresas do setor a explorarem, de fato, suas unidades produtivas. O diagnóstico é que há milhares de minas paradas pelo país e que a medida em análise poderia movimentar um volume de recursos na economia nacional comparável aos investimentos anuais da Petrobras.