O Valor Econômico informa que um relatório divulgado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a renovação da tarifa da usina de Itaipu Binacional apontou que a energia da usina é hoje uma das mais caras no portfólio de contratação das distribuidoras, tanto pelo risco cambial quanto por distorções do próprio mercado brasileiro.
Além disso, a Federação aponta que os custos de operação e manutenção (O&M) da usina são ineficientes, com um quadro de funcionários quase dez vezes superior ao de outras usinas hidrelétricas brasileiras.
“Itaipu vem batendo sucessivos recordes de produtividade: mais energia gerada com menos uso de água (MWmed/m³/s). O mesmo não pode ser dito sobre suas despesas operacionais, que superam significativamente as de grandes usinas privadas do país”, diz o documento.
Conselho da Light aprova novo plano de recuperação judicial
O conselho de administração da Light aprovou ontem (22/4) os termos e condições do novo plano de recuperação judicial, protocolado pela companhia, informa o Valor Econômico. O novo plano prevê o aporte de recursos na Light, mediante aumento de capital, a capitalização de determinados créditos, mediante a formalização de instrumentos de dívida conversíveis e não conversíveis, e o pagamento integral de credores que, no dia 19 de abril de 2024, eram titulares de créditos equivalentes, em 12 de maio de 2023, a até R$ 30 mil.
A Light informa ainda que também concluiu a assinatura do ‘acordo de apoio à reestruturação, plano de recuperação judicial e outras avenças’, em conjunto com a Light SESA, Light Energia e gestores representantes de fundos titulares de debêntures emitidas pela companhia.
Alckmin lança estudo para abrir mercado de gás natural no Brasil
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançou, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apoio do Ministério de Minas e Energia (MME), o relatório de diagnóstico do setor de gás natural no Brasil e o curso de Capacitação para Entes Reguladores – Acompanhamento da Abertura e da Competitividade da Indústria do Gás Natural no Brasil.
O objetivo, segundo o MDIC, é aumentar a competitividade do setor de gás natural, dar mais robustez para a formulação de políticas públicas e promover harmonização para as regulações estaduais.
O tema em torno da abertura da indústria do gás natural tem gerado debates e transformações há mais de uma década, mas ainda encontra um ambiente desafiador. O diagnóstico mostra que há um importante espaço para avançar no segmento e aponta caminhos.
“Nossos esforços para aprimorar as normas e ampliar a competitividade do setor de gás natural têm como norte beneficiar os consumidores e o setor industrial. Com a melhoria do ambiente de negócios, será possível aumentar investimentos e reduzir preços”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. (Monitor Mercantil)
O avanço da Genial Energy no mercado livre de energia
A Genial Energy, braço de energia da Genial Investimentos, alcançou a marca de 400 clientes atendidos via mercado livre de energia. Até 2023, essa solução proporcionou uma economia superior a R$ 300 milhões para os clientes da Genial, via comercialização de 4 GWm de energia oriunda de fontes renováveis. No mercado livre, a Energy atende clientes em 13 estados.
Com a expansão da abertura do mercado iniciada neste ano, a Energy projeta um crescimento de 90% e pretende terminar 2024 com 700 clientes em seu portfólio. (Veja – Radar Econômico)
EPE: Demanda por combustíveis no Brasil deve crescer 1,3% em 2024
A demanda brasileira por combustíveis líquidos deverá continuar crescendo em 2024. Essa estimativa consta na nova edição do documento Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazo, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Estima-se um aumento de 1,3% neste ano, equivalente a 2 bilhões de litros, em relação ao ano anterior. Nos últimos três anos, a demanda cresceu mais de 4% ao ano, resultando em um incremento médio anual de 6,4 bilhões de litros entre 2021 e 2023.
Na avaliação da EPE, fatores como o crescimento da economia, a redução dos impactos do El Niño sobre o clima, a normalização da safra 2024/25, políticas de transferência de renda e programas governamentais, a exemplo do Novo PAC, devem contribuir para o aumento do consumo ao longo de 2024, e principalmente em 2025. (Petronotícias)
Fortescue e OCP formam joint venture de hidrogênio verde e fertilizantes no Marrocos
A Fortescue e o grupo OCP de fertilizantes à base de fosfato anunciaram ontem (22/4) a formação de uma joint venture no Marrocos para fornecimento de hidrogênio verde, amoníaco e fertilizantes. A intenção é atender o mercado local e a Europa, além de outros países interessados nos insumos de baixo carbono.
A parceria inclui a implantação de uma planta de produção e um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Marrocos. Localizado ao lado da Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P), próximo a Marrakech, o centro de P&D será responsável por pesquisas em energias renováveis, hidrogênio verde e processamento de minerais. As informações foram publicadas pela Agência EPBR.
Petrobras informa sobre indicações por minoritários para o conselho fiscal
A Petrobras informa que recebeu correspondência de acionistas minoritários detentores de ações preferenciais solicitando sua indicação ao conselho fiscal (CF). Os nomes indicados são Francisco Barcelos e Guilherme Ortiz de Souza.
As indicações citadas serão submetidas aos procedimentos de governança interna da companhia, observada a política de indicação de membros da alta administração, para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e posterior manifestação do comitê de pessoas. (Fonte: Agência Petrobras)
Angra 3: os desafios para concluir a usina nuclear estimada em R$ 20 bilhões
Em reportagem publicada hoje (23/4), a agência Bloomberg Linea destaca que, com obras iniciadas há 40 anos e denúncias de corrupção no histórico, a usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, voltou a ganhar holofotes após abertura recente de consulta pública no governo federal para sua conclusão. Na opinião de especialistas entrevistados pela agência, o projeto deve enfrentar grandes desafios, com o custo final incerto.
O Ministério de Minas e Energia (MME) estimou que a conclusão de Angra 3 demandaria, aproximadamente, R$ 20 bilhões. Segundo a pasta, já foram gastos cerca de R$ 8 bilhões nas obras.
Atualmente, o complexo de energia nuclear de Angra dos Reis – onde funcionam outras duas plantas – opera sob o guarda-chuva da Eletronuclear, subsidiária da estatal ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional).
Segundo a Eletronuclear, a nova unidade terá potência de 1.405 megawatts, com capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, o suficiente para atender 4,5 milhões de pessoas.
As obras tiveram início em 1984 e, hoje, 67% do total previsto está concluído. O custo para manter a unidade é de R$ 1,2 bilhão por ano, de acordo com levantamento da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), que representa empresas privadas e públicas do setor.
A reportagem explica que nessa conta, está incluída a manutenção dos equipamentos que já foram instalados – cerca de 90% do total previsto para a planta. Caso a Eletronuclear deixe de fazer a manutenção por dois meses, há perda de garantia prevista em contrato com o fabricante, explicou o presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares, Celso Cunha, em entrevista à Bloomberg Línea.
Focus Energia vence disputa na arbitragem internacional contra fabricante chinesa Risen por US$ 73,6 milhões
O Valor Econômico informa que a Focus Energia, empresa que foi incorporada pela Eneva em 2021, obteve uma vitória na Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês) em uma disputa contra a fabricante chinesa de painéis solares Risen. A sentença arbitral determina que a Risen pague à Focus a quantia de US$ 73,6 milhões (R$ 381 milhões) em indenização por quebra de contrato.
A reportagem explica que, em 2018, a Focus Energia firmou um contrato com a Risen para o fornecimento de 870 megawatts (MW) de módulos fotovoltaicos para a construção do projeto Futura I, um dos maiores empreendimentos de energia solar da América Latina. No entanto, a Risen teria se recusado a cumprir os termos do contrato, exigindo que a Focus pagasse um valor superior ao acordado e alterasse as condições do acordo.
A fabricante chinesa pediu a renegociação do contrato em novas bases, diante da alta da inflação dos preços internacionais de matérias-primas, associada ao contexto de forte demanda global e pandemia da covid-19, o que encareceu os preços dos equipamentos.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O governo federal lançou um programa para fortalecer o mercado de crédito, chamado Acredita, voltado especialmente para micro e pequenos empresários – um público em que a gestão Lula é, em geral, mal avaliada. Segundo a União, a iniciativa pode injetar pelo menos R$ 50 bilhões na economia ao longo dos próximos anos — são R$ 37,5 bilhões em três anos e R$ 12 bilhões sem horizonte definido.
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O Estado de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, publicamente, ontem (22/4), a participação de quatro dos seus seis principais ministros na articulação política. Essa não foi a primeira bronca do presidente nos chefes das pastas desde o início do governo. Em outras ocasiões, ele já afirmou que quer maior divulgação das ações do governo federal pelos integrantes da Esplanada, exigiu que os ministros viagem mais pelo País e proibiu “ideias novas” do alto escalão.
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O Globo: Preocupado com a crise entre governo e Congresso e a fragilidade da articulação política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novas cobranças aos ministros para reforçar o diálogo com o Legislativo. Em solenidade no Palácio do Planalto, Lula citou auxiliares com maior destaque na Esplanada para passar o recado de que é preciso insistir na aproximação.
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Folha de S. Paulo: O sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, foi alvo de uma invasão no mês de abril. Há suspeita de que os autores do ataque conseguiram emitir ordens bancárias e desviar recursos da União. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso e atua no rastreio dos suspeitos com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).