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Copel aposta em leilão de reserva de capacidade para maximizar valor da companhia

A estatal paranaense Copel aposta no leilão de reserva de capacidade previsto para o segundo semestre do ano para aumentar a potência da hidrelétrica de Foz do Areia em mais de 800 MW, afirmou Daniel Slaviero, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano.

UHE Foz da Areia - Foto divulgação Copel
UHE Foz da Areia poderá ter sua capacidade ampliada em 51,3% | Copel

A estatal paranaense Copel aposta no leilão de reserva de capacidade previsto para o segundo semestre do ano para aumentar a potência da hidrelétrica de Foz do Areia em mais de 800 MW, afirmou Daniel Slaviero, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano.

A estratégia da companhia continua ainda voltada para venda de alguns ativos específicos e em investimentos que ajudem a criar valor para a companhia. Dentro dos desinvestimentos, a companhia informou ontem, 8 de maio, que iniciou a etapa de recebimento de propostas não vinculantes para ativos de geração de pequeno porte, envolvendo 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com 119 MW. Sobre a Compagás, a Copel encerrou a fase de recebimento de propostas pela sua participação na distribuidora de gás, e está em fase de análise e negociação das ofertas.

“A prioridade do plano de investimentos é o leilão de reserva de capacidade, a Copel é uma das empresas melhor posicionada com Foz do Areia”, disse Slaviero, completando que existe ainda a possibilidade de expandir a potência da hidrelétrica de Segredo. “Estamos aptos com todas as licenças ambientais, com bons parteiros e bons fornecedores”, afirmou.

Segundo Slaviero, como a expansão de Foz do Areia não exige obras civis e a parte ambiental está preparada, a perspectiva de investimento em caso de vitória no leilão não será divulgada por uma questão da estratégia da companhia para manter sua competitividade no certame. 

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A hidrelétrica em questão, que está em vias de ter formalizada a renovação antecipada da sua concessão, no contexto da privatização da Copel, tem 1.676 MW de potência, e pode receber mais duas máquinas de 436 MW cada uma. Essa expansão será ofertada no leilão em questão, inicialmente previsto para o fim de agosto, mas que deve ser adiado em 30 a 60 dias, segundo executivos da Copel, devido ao adiamento do fim da consulta pública que discutiu o tema no Ministério de Minas e Energia. 

Resultado

No primeiro trimestre deste ano, a Copel teve lucro líquido de R$ 533,5 milhões, retração de 16% na comparação anual, refletindo o aumento das despesas operacionais no período, além do aumento de R$ 33,2 milhões na rubrica depreciação e amortização, devido aos investimentos da Copel Distribuição, principalmente.

A receita operacional líquida cresceu 2,8% no trimestre, a R$ 5,4 bilhões.

Já os custos e despesas operacionais, por sua vez, cresceram 6,8%, a R$ 4,2 bilhões, devido ao crescimento das despesas com energia elétrica comprada para revenda, o acréscimo de R$ 97,1 milhões em provisões e reversões, e o aumento de encargos. 

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Copel somou R$ 1,33 bilhão, retração de 6,3% na base anual, devido ao menor preço médio de energia vendida pela Copel GeT. Esse cenário foi parcialmente compensado pelo aumento da receita do braço de distribuição de energia, em função do crescimento de 7,9% do mercado fio faturado na sua área de concessão.