O que é: corrente elétrica cujo fluxo de elétrons ocorre em um único sentido.
Como funciona: na corrente contínua, o sentido de deslocamento dos elétrons não varia, ou seja, a polaridade não é invertida. Na prática, o fluxo é sempre positivo ou negativo. A figura abaixo mostra uma corrente contínua variando com o passar do tempo:
Elaboração MegaWhat
A corrente contínua pode ser utilizada para a transmissão de eletricidade. É também utilizada para interligar sistemas de corrente alternada que estejam dessincronizados ou que possuam frequências diferentes. Também é aplicável em baterias e pilhas.
Histórico: um dos maiores defensores da tecnologia em corrente contínua foi o empresário norte-americano Thomas Edison (1847-1931), que se dedicou a desenvolver o sistema. Ele travou uma batalha com o inventor austro-húngaro Nikola Tesla, defensor da corrente alternada, para provar que a corrente contínua era a melhor solução para os sistemas elétricos. Acabou perdendo a disputa, mas a tecnologia ainda é muito utilizada, inclusive em equipamentos eletroeletrônicos.
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É bom saber também: a tecnologia em corrente contínua é ideal para o transporte de energia em extra-alta tensão, de um ponto ao outro, sem a utilização de subestações intermediárias – conhecida pela sigla em inglês HVDC (High Voltage Direct Current).
Por esse motivo, a corrente contínua se mostra economicamente interessante quando é necessário transmitir energia de hidrelétricas para centros consumidores separados por distância superior a 1 mil quilômetros. Um exemplo desse caso são as duas linhas que transmitem energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA) para o Sudeste, de 2 mil quilômetros de extensão cada.
Pequenos sistemas de corrente contínua são encontrados na geração fotovoltaica, que recorre ao uso de inversores para transformar a corrente contínua em alternada, no conceito “inversor grid tie”.
Eólicas offshore, em grande parte localizadas na Europa, também utilizam a tecnologia de corrente contínua em ultra alta tensão para escoar a geração para o continente, por serem mais eficientes para o transporte da energia por debaixo d’água até a costa.
