O que é: ambiente marinho e zona de transição terra-mar ou área localizada no mar. (Fonte: Decreto nº 8.437, de 22/4/2015). No setor de petróleo e gás, as atividades de Exploração e Produção (E&P) offshore são desenvolvidas em ambiente marinho, ou seja, consiste no conjunto de operações destinadas à exploração e à produção de petróleo e/ou de gás natural cujas atividades são desenvolvidas em ambiente marinho.
Como funciona: são usadas estruturas de larga escala chamadas plataformas, que ficam posicionadas no mar em plataformas continuais com instalações para perfuração e produção de petróleo e gás. As plataformas mais modernas, no formato FPSO, são também projetadas para armazenar um grande volume de hidrocarbonetos. O processamento inicial da produção ocorre nestas plataformas, com complexos sistemas de separação do produto de de fluídos e resíduos indesejados. O petróleo é transportado para as refinarias em terra através de oleodutos, se o campo for próximo à costa ou por meio de navios-tanque aliviadores, se o campo for mais distante. O gás natural em geral segue via gasodutos, sendo o excesso queimado (flare).
Histórico: a exploração de petróleo e gás no mar já começou há mais de cem anos, mas incialmente sua escala era muito pequena comparada com a produção terrestre ou onshore. As plataformas inicialmente eram construídas para ficaram fixadas no solo marinho, e as profundidades raramente eram maiores que trinta metros de lâmina d’água, sendo que eram também próximas à costa. Após um período de desenvolvimento de plataformas semissubversíveis na década de 1960, a exploração offshore deslanchou, indo cada vez mais longe da costa em águas cada vez mais profundas. Hoje corresponde por grande parte da produção mundial.
É bom saber: as plataformas offshore, estruturas localizadas em alto mar, instaladas para a extração de petróleo e gás natural no oceano, podem ser utilizadas em oceanos rasos ou profundos, próximas ou afastadas do continente. A construção das plataformas é feita no continente, então elas são embarcadas para posteriormente serem transportadas ou rebocadas para ficarem flutuando ancoradas sobre o campo de extração, dependendo do tipo e modelo da plataforma.
Devido ao custo de construção de uma plataforma offshore, um elaborado estudo deve ser realizado sobre a área a ser explorada, pois é preciso compensar o custo da instalação, bem como outros fatores de risco. O ritmo de trabalho offshore geralmente se baseia por vários dias ou meses seguidos com o profissional embarcado na plataforma, por isso necessita de um período igualmente longo de repouso.