Glossário

Refino de petróleo - Resumo

O que é refino?

Refino, ou refinação, ou ainda refinamento, é o processo de purificação de uma substância química obtida muitas vezes a partir de um recurso natural.  

Resumo: O que é refino de petróleo?

O refino do petróleo é um conjunto de processos que visam à transformação do óleo cru em derivados de valor comercial como óleo diesel, gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene, entre outros. 

Qual é o processo de refino de petróleo? 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Antes de mais nada é importante salienta que o petróleo é composto por uma complexa mistura líquida de compostos orgânicos e inorgânicos em que predominam os hidrocarbonetos, por isso ele é enviado para as refinarias a fim de que seus componentes sejam separados para um melhor aproveitamento. Essa separação ocorre em frações de substâncias, ou seja, separa-se a mistura complexa do petróleo em misturas bem mais simples.

O refino de petróleo consiste, portanto, em separar suas frações e processá-las, transformando-o em produtos de grande utilidade. Para tanto, o refino do petróleo compreende uma série de operações físicas e químicas interligadas entre si que garantem o aproveitamento pleno de seu potencial energético através da geração dos cortes, ou produtos fracionados derivados, de composição e propriedades físico-químicas determinadas.

Atualmente, o refinamento conta com outros processos (esquema de refino) que contribuem para garantir não só o volume necessário à demanda do mercado, mas também a qualidade dos derivados e atendimento as normas vigentes, principalmente as de segurança e meio ambiente. A regulamentação do mercado de combustíveis no Brasil se dá pela Resolução ANP 16/2010, alterada pela Resolução ANP n°48/2014.

A produção de derivados a partir do petróleo envolve três processos principais:

Destilação – é o processo de separação dos derivados: o petróleo é aquecido em altas temperaturas até evaporar. Esse vapor volta ao estado líquido conforme resfria em diferentes níveis dentro da torre de destilação. Em cada nível há um recipiente que coleta um determinado subproduto do petróleo.

Conversão – é o processo que transforma as partes mais pesadas e de menor valor do petróleo em moléculas menores, dando origem a derivados mais nobres. Esse processo aumenta o aproveitamento do petróleo.

Tratamentos – são processos voltados para adequar os derivados à qualidade exigida pelo mercado. Em um desses processos, por exemplo, é feita a remoção do enxofre.

Como é o processo de refinamento de petróleo, na prática?

O refino começa com o petróleo seguindo por dutos até uma espécie de caldeira. Na caldeira, o petróleo é aquecido a cerca de 370 ºC e vira parcialmente vapor. O que sai da caldeira é uma mistura de vapor com o que sobrou de petróleo na forma líquida. Essa mistura entra numa torre de destilação, na qual a parte gasosa sobe, a líquida desce. As partes mais densas do petróleo líquido caem até o fundo da torre. Já as menos densas podem até virar vapor no meio da queda e começar a subir.

Na base da torre de destilação há outro aquecedor, que aumenta ainda mais a temperatura do petróleo. Dessa forma, uma parte do líquido que escorreu até lá vira vapor. No entanto, ainda sobra um resíduo, que nunca vaporiza, sendo recolhido e usado para fazer asfalto.

Ao longo da torre, partes do vapor de petróleo esfriam e se liquefazem. Nos pratos existentes na torre, uma pequena parte do líquido formado é retida, o excesso transborda e escorre até um recipiente chamado panela. A parte do petróleo acumulada em cada panela é bombeada e segue para fora da torre por meio de dutos. Assim, cada subproduto do petróleo enche uma panela específica. Todos os subprodutos obtidos passam por um processo de purificação: em tanques, passam por reações químicas para quebrar e recombinar suas moléculas até estarem puros.

Os subprodutos obtidos ficam tanques de armazenagem. Da refinaria, eles saem por oleodutos até as indústrias petroquímicas ou rumo às distribuidoras de combustível.

É bom saber também: conforme o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2018, da ANP, em 2017, a capacidade efetiva de refino instalada no mundo era de 98,1 milhões de barris/dia, 0,6% (+577 mil barris/dia) maior que em 2016. No ranking de países com maior capacidade de refino, os Estados Unidos se mantiveram na primeira posição, com 18,6 milhões de barris/dia (18,9% da capacidade mundial).

Em sequência vieram China, com 14,5 milhões de barris/dia (14,8% da capacidade mundial); Rússia, com 6,6 milhões de barris/dia (6,7% da capacidade mundial); Índia, com 5 milhões de barris/dia (5,1% da capacidade mundial); e Japão, com 3,3 milhões de barris/dia (3,4% da capacidade mundial). Juntos, estes cinco países responderam por 48,9% da capacidade mundial de refino. O Brasil foi o oitavo colocado no ranking, com capacidade de refino de 2,3 milhões de barris/dia (0,5% da capacidade mundial). Dentre as regiões, Ásia-Pacífico foi a de maior capacidade de refino, com 33,3 milhões de barris/dia (33,9% da capacidade mundial), 1,7% (+550 mil barris/dia) a mais que em 2016.

Em 2017, o parque de refino brasileiro contava com 17 refinarias, com capacidade para processar 2,4 milhões de barris/dia. A capacidade de refino medida em barris/dia-calendário foi de 2,3 milhões de barris/dia. O fator de utilização das refinarias no ano foi de 76,2%.

Treze dessas refinarias pertenciam à Petrobras, respondendo por 98,2% da capacidade total, sendo a Replan (SP) a de maior capacidade instalada: 434 mil barris/dia ou 18,0% do total nacional. Manguinhos (RJ), Riograndense (RS), Univen (SP) e Dax Oil (BA) são refinarias privadas. Segundo o anuário, as refinarias nacionais possuíam capacidade de armazenamento de 5,7 milhões de metros cúbicos (m3) de petróleo e 10,6 milhões de m3 de derivados de petróleo, intermediários e etanol.