O que é: processo que converte o gás natural liquefeito (GNL) em gás natural, ou seja, é a transformação do gás em estado líquido para o estado gasoso. Para que seja estocado e transportado, o gás natural é submetido a processo de liquefação, passível de regaseificação em unidades próprias.
O GNL é regaseificado em unidades de regaseificação mediante a imposição de calor para ser introduzido na malha de dutos. As unidades podem compreender tanques de estocagem de GNL e regaseificadores, além de equipamentos complementares.
O processo de regaseificação associado à tecnologia de liquefação viabilizou o crescimento constante do fluxo de comércio de GNL, que pode ser transportado por longas distâncias. O transporte de GNL é realizado por navios, que processa o gás com o objetivo de adequar sua composição aos órgãos reguladores, armazenando-o em um carrier criogênico (a criogenia representa uma segurança extra em sua cobertura, previsto em lei para o armazenamento do produto) com tanques independentes.
Atualmente, existem dois tipos de terminais de regaseificação, terrestres e flutuantes, sendo o segundo o mais comum. Os regaseificadores podem utilizar água do mar para reaquecer o GNL, ou vapor, normalmente oriundos de termoelétricas que foram construídas nos arredores para suprir tamanha necessidade.
Existem dois tipos de navios utilizados: os de GNL, convertidos, adaptados e ancorados na costa e os com dupla função, funcionando como terminal ou como um navio GNL convencional.
Histórico: o primeiro terminal de regaseificação de GNL do Brasil foi inaugurado em Porto do Pecém, no Ceará, em 2008. Na época, a principal motivação para a construção e partida do setor era a flexibilidade de oferta de gás no mercado brasileiro.
É bom saber: o GNL é utilizado no Brasil para garantir o atendimento da demanda, atuando como complemento da oferta doméstica. Em geral, a importação de GNL está associada à demanda de térmicas a gás natural que estão ampliando sua importância na matriz energética brasileira.
O Brasil possui três plantas de regaseificação de GNL, nos estados da Bahia, Rio de Janeiro (Baía de Guanabara) e Ceará (Pecém), que totalizam capacidade de regaseificação de 47 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d).
O terminal de regaseificação de GNL mais recente e em processo de início de operação foi construído pela iniciativa privada no Sergipe, pela Celse (joint-venture entre eBrasil, e a Golar Power, que por sua vez é composta pela norueguesa Golar LNG e o fundo americano Stonepeak Infrastructure Partners).
Outro projeto em fase avançada de andamento é o terminal de regaseificação GNL do Porto do Açu, da Gás Natural Açu (GNA).