Inovação

Baterias poderiam ser enquadradas como “usinas híbridas” no leilão de reserva de capacidade

Soluções de armazenamento de energia, como as baterias, poderiam participar do leilão de reserva de capacidade marcado para agosto, mesmo antes da regulamentação específica para armazenamento, avalia o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, que estima que seja concluída até dezembro. “Mesmo que ainda não haja pela Aneel a posição do armazenamento, existe a previsão de usina hibrida. Não traz o conforto que o investidor gostaria, mas ele pode compor um produto que tenha regulamentação para isso”, disse o diretor nesta quarta-feira, 19 de junho, durante o Enase, no Rio de Janeiro.

Baterias poderiam ser enquadradas como “usinas híbridas” no leilão de reserva de capacidade

Soluções de armazenamento de energia, como as baterias, poderiam participar do leilão de reserva de capacidade marcado para agosto, mesmo antes da regulamentação específica para armazenamento, avalia o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, que estima que seja concluída até dezembro.

“Mesmo que ainda não haja pela Aneel a posição do armazenamento, existe a previsão de usina hibrida. Não traz o conforto que o investidor gostaria, mas ele pode compor um produto que tenha regulamentação para isso”, disse o diretor nesta quarta-feira, 19 de junho, durante o Enase, no Rio de Janeiro.

A questão dependeria, no entanto, do formato solicitado pelo edital. “O setor vai dizer do que precisa e o empreendedor vai compor como ele vai desenhar isso”, explicou Tili a jornalistas. Como exemplos que poderiam ser atendidos por soluções híbridas com bateria, ele mencionou casos hipotéticos de uma térmica que tenha resposta rápida ou fornecimento por poucas horas.

Ainda que as baterias não gerem energia, o diretor da Aneel avalia que elas “têm um atributo” e que poderiam funcionar como complemento de usina, a depender do perfil de oferta solicitado pelo edital. “Vira hibridização da usina. Ela não gera, mas ela vai injetar energia e potência no sistema”.

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Nota técnica deve sair até dezembro

Tili, que é relator do processo que trata do resultado da consulta pública nº 39/2023, sobre armazenamento na Aneel, disse esperar que a primeira nota técnica sobre o assunto esteja publicada até dezembro.

Nesta primeira fase, o diretor espera regulamentar como será a outorga de sistemas de baterias e usinas reversíveis. Outro ponto que deve ser resolvido nesta primeira fase é o acesso à rede de transmissão e as tarifas associadas. Por fim, a nota técnica deve trazer orientações sobre empilhamento de receita e a remuneração dos sistemas de armazenamento pelo serviço prestado.

Na avaliação de Tili, soluções de armazenamento devem fazer parte da matriz elétrica brasileira em breve. “Não vejo outra forma de o sistema elétrico brasileiro continuar desenvolvendo energia renovável sem usar a flexibilidade que esses produtos [armazenamento] podem trazer para o setor”, disse.