A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou a entrada de 8.936 novos consumidores no mercado livre de energia entre janeiro e maio, volume 21% superior ao que foi registrado no ano passado inteiro. São indústrias e empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, que viram no ambiente a possibilidade de ter mais eficiência no seu negócio.
Quase 74% das migrações foram realizadas por meio da representação de um comercializador varejista, figura criada para facilitar o ingresso no segmento, gerenciar o dia a dia dos contratos e assumir os riscos inerentes à atividade de compra e venda de energia.
O movimento intenso é um reflexo da flexibilização dos critérios de acesso, que se iniciou em janeiro, com a abertura do segmento livre para todos os consumidores ligados na alta tensão.
Hoje, o mercado livre representa aproximadamente 37% do consumo total de energia elétrica do Brasil e esse percentual deve aumentar nos próximos meses. Segundo a ANEEL, cerca de 23,7 mil consumidores já informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024. (Fonte: CCEE)
Para distribuidoras, novas regras vão gerar mais custo
A Abradee, associação que representa as distribuidoras de energia, emitiu comunicado, na sexta-feira (21/6), dizendo que a publicação do decreto com diretrizes para a prorrogação dos contratos de concessão gera estabilidade regulatória e segurança jurídica. Entretanto, a entidade ressalta que o texto traz preocupações para o setor, com “critérios desafiadores, que demandarão mais investimentos e custos adicionais”, informa o Valor Econômico.
A reportagem explica que o decreto reúne 17 diretrizes e afeta diretamente 20 distribuidoras de energia que atendem a 57 milhões de consumidores, com encerramentos de contratos previstos para o período de 2025 a 2030. As concessões são controladas por sete grandes grupos do setor – Neoenergia, Enel, CPFL, Equatorial, Energisa, Light e EDP – e respondem a cerca de 60% do segmento de distribuição.
Segundo a associação, temas relevantes como os eventos climáticos extremos, que interferem diretamente na operação de distribuição de energia, entre outros serviços básicos para a sociedade, devem receber uma atenção especial durante a regulação técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Abradee destaca que seus impactos, muitas vezes, são imprevisíveis e estão fora do controle das distribuidoras, como os recentes acontecimentos vistos pelo país.
Iberdrola anuncia usina de hidrogênio verde no Brasil
A Folha de S. Paulo informa que a espanhola Iberdrola anuncia, nesta segunda-feira (24/6), a construção de uma usina de hidrogênio verde no Brasil. Por meio da Neoenergia, distribuidora controlada pelo grupo no país, serão investidos R$ 30 milhões no parque a ser instalado em Brasília (DF).
De acordo com a reportagem, a capital federal será um dos primeiros pontos de abastecimento de H2V veicular no país para ônibus e veículos leves. O anúncio é parte de um conjunto de cinco projetos de desenvolvimento de tecnologia nessa área com investimentos previstos de meio bilhão de reais.
A inauguração da usina de hidrogênio verde está prevista para 2025 e será apresentada ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que, nesta segunda (24/6), visita o parque de Puertollano, na Espanha, onde a Iberdrola produz H2V (hidrogênio verde) destinado a uma fábrica de fertilizantes nitrogenados.
O crescimento exponencial da energia solar vai mudar o mundo
O jornal O Estado de S. Paulo trouxe ontem (23/6) uma reportagem originalmente produzida pela publicação inglesa The Economist, a respeito dos 70 anos de história da energia solar.
A reportagem conta os avanços dessa tecnologia. Os painéis ocupam agora uma área equivalente a cerca de metade do País de Gales, e este ano fornecerão ao mundo cerca de 6% da sua eletricidade, o que representa quase três vezes mais energia elétrica do que os Estados Unidos consumiam em 1954. No entanto, esse crescimento histórico é apenas a segunda coisa mais notável a respeito da ascensão da energia solar. O mais notável é que ela não está nem perto do fim.
Governo de SP lança oferta de privatização da Sabesp com a liberação do prospecto inicial
O governo de São Paulo lançou oficialmente a privatização da Sabesp ao liberar, na noite desta sexta-feira (21), o prospecto inicial da oferta de ações, conforme havia noticiado o Valor ontem. O documento detalha o modelo da operação, cujos principais pontos foram divulgados nas últimas semanas.
Na oferta, serão oferecidas 191.713.044 ações, o que representa R$ 13,8 bilhões, no preço atual da ação. A oferta também prevê um lote adicional de mais 28.756.956 ações, que elevaria o valor total da venda a R$ 15,9 bilhões, ainda a preços atuais.
Esta deverá ser a maior oferta da bolsa desde junho de 2022, quando a Eletrobras foi privatizada em uma oferta subsequente de ações (“follow-on”) de R$ 33,7 bilhões. (Valor Econômico).
Dividendos da semana: Sabesp, Taesa e Copel estão entre as empresas que pagam
A Sabesp abre, nesta segunda-feira (24/6), a agenda semanal de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) das empresas da B3. Outras 18 companhias distribuem proventos até a sexta-feira (28/6). A empresa de saneamento básico aprovou o pagamento de R$ 984,5 milhões em JCP, equivalente a R$ 1,4404 por ação.
Na quinta-feira (27/6) a Taesa deposita R$ 0,14019703331 por ação ordinária e preferencial com base na posição acionária do dia 13 de maio de 2024. Um dia depois, a Copel fecha a agenda semanal com o pagamento de até R$ 0,04569505 em dividendos. (Infomoney)
Rússia volta a bombardear instalações de energia da Ucrânia
A Rússia executou um ataque em larga escala durante este fim de semana contra instalações de energia nas regiões oeste e sul da Ucrânia. Pelo menos sete pessoas morreram em bombardeios, informaram as autoridades ucranianas.
A Rússia lançou 16 mísseis de cruzeiro a partir de terra, mar e ar, além de 13 drones de ataque, que visaram infraestruturas de energia em várias regiões, informou o Exército ucraniano. (portal UOL)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Com o ritmo fraco no mercado de renda variável neste ano, o Brasil perdeu posições no ranking de oferta de ações entre países emergentes. No acumulado até meados de junho, essas operações movimentaram US$ 2,1 bilhões no país, considerando também as vendas em blocos (os “block trades”). Com esse volume, o Brasil fica na sétima colocação entre emergentes.
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O Globo: Em um ano marcado por eleições que mobilizam grandes contingentes de eleitores, em países como Índia, México e Brasil, o uso de inteligência artificial (IA) na política tem se alastrado pelo mundo. Da criação de candidatos fictícios a falsas declarações de apoio, o uso da tecnologia coleciona exemplos de tentativas de manipular a opinião do eleitor, em amostras do tipo de ação com que os brasileiros que vão às urnas em outubro poderão se deparar. Profissionais que atuam em campanhas e dirigentes partidários, por outro lado, afirmam ser possível fazer bom uso das ferramentas nas disputas municipais.
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O Estado de S. Paulo: O aumento no diagnóstico de doenças mentais, bem como de condições como autismo e déficit de atenção, fez disparar pedidos por terapia pelos clientes de planos de saúde. Enquanto as famílias tentam dar qualidade de vida a pacientes, as operadoras recebem demanda inédita por reembolso. As empresas afirmam que essa despesa já supera o gasto com oncologia, em termos porcentuais, e houve déficit nos últimos três anos. Clientes relatam dificuldade maior para ter o tratamento ressarcido.
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Folha de S. Paulo: Dezenas de universidades federais de todas as regiões do país acumulam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da queda de orçamento que viveram nos últimos anos.