O BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG), braço de gestão florestal do grupo, vai fornecer 8 milhões de créditos de carbono para a Microsoft. O acordo assinado entre as empresas é válido até 2043 e não teve o valor divulgado.
A compra faz parte do meta da Microsoft de alcançar o net zero até 2030 e, até 2050, eliminar todas suas as emissões operacionais desde a sua fundação, em 1975.
Segundo o TIG, a transação foi estruturada de modo que 60% dos créditos sejam atribuíveis ao sequestro de carbono em florestas nativas recentemente restauradas, e 40% ao sequestro de carbono em fazendas comerciais de árvores recém-criadas e gerenciadas de forma sustentável.
“Este projeto exemplifica como o reflorestamento e a restauração podem proporcionar a remoção de carbono em grande escala, ao mesmo tempo que apoiam as comunidades locais e restauram ecossistemas vitais. Esta abordagem atrairá investimentos para o espaço de conservação e ajudará a dimensionar a remoção de carbono de acordo com o que a ciência climática exige”, afirmou Brian Marrs, diretor sênior de Energia e Remoção de Carbono da Microsoft, em comunicado.
Projeto de reflorestamento do BTG
Os créditos serão entregues pela estratégia de reflorestamento e restauração de US$ 1 bilhão do BTG Pactual TIG na América Latina.
Por meio do projeto, o grupo compra terras anteriormente degradadas em regiões-alvo do Brasil, Uruguai e Chile para depois reflorestar, via novas plantações e/ou restauração da floresta nativa.
Até o momento, o TIG investiu em 37 mil hectares, plantou mais de 7 milhões de mudas e iniciou a restauração de aproximadamente 2,6 mil hectares de floresta natural.
“Os investidores têm um papel fundamental no fornecimento de soluções baseadas na natureza numa escala que é importante para o clima e para a biodiversidade. A escala da restauração de florestas nativas e da produção sustentável de madeira que a TIG busca entregar com nossa estratégia é o que permite uma transação como a que fizemos com a Microsoft”, disse Gerrity Lansing, chefe da TIG.