A CTG Brasil anunciou nesta quinta-feira, 4 de julho, a construção de um laboratório de armazenamento eletroquímico de energia (baterias) conectado a uma usina fotovoltaica nas instalações da UHE Ilha Solteira (3.444 MW), localizada no rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira, no estado de São Paulo, e Selvíria, no Mato Grosso do Sul.
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A previsão é que o projeto seja desenvolvido dentro do período de 18 meses. A capacidade instalada da usina fotovoltaica será de 500 kWp, distribuídos em cerca de 900 módulos solares, o suficiente para atender ao consumo de mais de 380 residências. Já a capacidade de armazenamento de energia das baterias é de 100 kWh, conforme foi projetado nos estudos para o desenvolvimento do laboratório. A empresa JA Solar será a fornecedora de módulos solares fotovoltaicos.
Inicialmente, a energia gerada atenderá somente ao consumo da CTG Brasil dentro da área de cobertura da distribuidora local. Segundo a empresa, a planta funcionará ainda como um laboratório de treinamento, uma miniusina do complexo Solar de Arinos da CTG Brasil, atualmente em construção no estado de Minas Gerais.
No entanto, a companhia informou ainda que formas complementares de utilização da energia gerada serão avaliadas.
“Este projeto da CTG Brasil é um passo importante para impulsionar a geração limpa e reduzir o custo da eletricidade, pois desenvolverá soluções com baterias para aumentar a flexibilidade de geração e estabilidade do sistema”, afirmou Sergio Fonseca, diretor de Desenvolvimento de Negócios e PDI da CTG Brasil.
Parceria e investimentos na UHE Ilha Solteira
O projeto foi desenvolvido em conjunto com o Instituto Senai de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), braço de inovação da instituição do Pernambuco, com a Thymos Energia e com o Wisebyte do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O total investido será de R$ 12,8 milhões, sendo R$ 10,3 milhões da CTG Brasil, por meio do PDI da Aneel, e o restante distribuído entre a Plataforma Inovação para a Indústria do Senai e de contrapartidas do ISI-TICs/Senai Pernambuco e a Thymos Energia.
Para Jovanio Santos, diretor de Novos Negócios da Thymos Energia, o projeto pode ser um case importante e pode fornecer subsídios relacionados à definição de uma regulação sobre o tema.
Em nota, a CTG informou que o projeto também fará o desenvolvimento de sistemas computacionais que utilizará tecnologias de inteligência artificial para indicar melhor relação custo-benefício para a implantação Utility Scale Battery (USB) nos ativos de geração hidrelétricos, eólicos ou solares. Os estudos também contribuirão para o desenvolvimento da regulação e dos procedimentos para utilização de baterias em larga escala no sistema elétrico brasileiro.
Atualmente, a CTG Brasil conta com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, somando cerca de 9,3 GW de capacidade instalada e em construção.