O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou, com R$ 418,5 milhões, a implantação de complexo de energia solar Irecê 1, com 161 MWp de capacidade instalada, localizado entre os munícipios de João Dourado e Irecê, no semiárido baiano.
Construído a partir de uma joint venture entre as empresas Acelen, Perfin Infra Administração de Recursos e Illian Energias Renováveis, o complexo deve começar a operar a partir do terceiro trimestre de 2025, sendo capaz de atender a demanda da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, Bahia, a 420 quilômetros do parque.
O projeto foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, prevendo investimentos de R$ 530 milhões. O financiamento do BNDES será feito na modalidade project finance (no qual o fluxo de receitas e os ativos do projeto garantem o financiamento) em dólar americano, correspondendo a 78% do investimento total.
“O parque solar associado ao programa de descarbonização da Refinaria de Mataripe é parte do esforço do BNDES em fomentar a transição energética”, disse a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.
A capacidade instalada no empreendimento prevê o abatimento de aproximadamente 128 mil toneladas de CO2 por ano. A construção contribuirá para o desenvolvimento socioeconômico regional com a criação de 530 empregos.
As participações no complexo Irecê
Em novembro de 2023, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação de subscrição, de forma direta, de novas ações de emissão da Irecê e da aquisição, de forma indireta, em sociedades controladas fazem desenvolvimento de projetos de energia solar pela Acelen e pelo FIP Discovery.
A Acelen atua no setor de energia e detém a Refinaria de Mataripe, na Bahia, integrante do grupo Mubadala Capital. O grupo possui sete empreendimentos no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com potência outorgada total de 853,15 MW por meio de fontes térmicas.
Já em abril deste ano, a Secretaria de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou o enquadramento do complexo no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).
Neste regime ficam suspensas as contribuições de PIS/Pasep e Cofins vinculadas aos projetos nas aquisições, locações e importações de bens e serviços realizadas em um período de cinco anos.