Com 168 novas usinas de geração de energia em funcionamento, o Brasil fechou o primeiro semestre de 2024 com um incremento de 5,7 gigawatts (GW) de potência instalada na matriz elétrica, informa a Agência Brasil. O número representa um aumento de 18,7% em relação ao primeiro semestre de 2023 e um recorde nos últimos 27 anos para o período.
Apenas em junho deste ano, houve um incremento de 889,51 megawatts (MW) com a entrada em operação de 27 usinas, sendo 13 eólicas, 10 fotovoltaicas e quatro termelétricas.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão de crescimento da geração de energia elétrica do país para 2024 é de 10,1 GW, menor que a do ano passado, quando houve crescimento de 10,3 GW.
Aneel aprova por unanimidade prorrogação de vigência do acordo entre União e Âmbar
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, por unanimidade, o termo aditivo do acordo entre a União e a Âmbar Energia, do grupo J&F, prorrogando a data de início da vigência do acordo de 22 de julho para 30 de agosto de 2024, proposta pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
O órgão regulador também sugere a suspensão do pacto com a empresa do grupo J&F por prazo indeterminado, caso o Tribunal de Contas da União (TCU) entenda necessário. A manifestação foi encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU) na noite de ontem (18/7). (Agência EPBR)
Apagão cibernético em larga escala afeta voos, redes de televisão, bolsas de valores e outros serviços ao redor do mundo
Diversos países reportaram problemas técnicos que afetaram redes de televisão nacionais, aeroportos internacionais, operadoras ferroviárias, bolsas de valores e outros serviços nesta sexta-feira.
A autoridade nacional de cibersegurança da Austrália anunciou que várias empresas foram afetadas por um “apagão técnico em larga escala”. Companhias nos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Índia, e Holanda também reportaram dificuldade. Ainda não há informações sobre problemas no Brasil. (O Globo)
Aneel divulga relatório sobre perdas de energia elétrica na distribuição em 2023
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou o Relatório de Perdas de Energia Elétrica na Distribuição, com informações sobre perdas técnicas e não técnicas na distribuição no ano de 2023.
O transporte da energia, seja na rede básica ou na distribuição, resulta inevitavelmente em perdas técnicas, pois parte da energia é dissipada no processo de transporte, transformação de tensão e medição em decorrência das leis da física. Já as perdas não técnicas, apuradas pela diferença entre as perdas totais e as perdas técnicas, têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento.
De acordo com o relatório, em 2023, as perdas totais representaram 14,1% da energia injetada, sendo 7,4% referente às perdas técnicas (42,0 TWh)* e 6,7% às perdas não-técnicas (38,2 TWh). As perdas não técnicas regulatórias, que são reconhecidas nas tarifas, foram da ordem de 27,3 TWh. Para efeitos de comparação, o consumo residencial da região Sul em 2023 foi de 26,9 TWh, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (Fonte: Aneel)
MME pretende incluir produção de gás associado em debêntures incentivadas
A Agência EPBR informa que os planos do Ministério de Minas e Energia (MME) para o enquadramento nas novas regras de debêntures incentivadas são incluir a produção de gás natural associado, permitindo assim que investimentos no upstream sigam contemplados nas possibilidades de captação.
A reportagem explica que as áreas técnicas da pasta concluíram a proposta de regulamentação, e a portaria está passando por análises jurídicas. O gás natural foi contemplado na edição do decreto 11.964/2024, quando as regras foram atualizadas e passaram a excluir o petróleo.
O MME entende que, dada a decisão do governo de incluir o gás natural, é preciso manter a produção associada ao petróleo nas possibilidades de emissão, do contrário a política teria efeito muito limitado. Cerca de 90% da produção brasileira de gás é associada ao petróleo.
“Cashback” de Itaipu não será suficiente para evitar alta na conta de luz, dizem especialistas
Reportagem do Valor Econômico indica que, após o anúncio do acordo entre Brasil e Paraguai sobre o aumento de 15,4% da tarifa da usina de Itaipu Binacional para o ano de 2024, com relação à tarifa de 2023, e da promessa de que o reajuste não teria impacto na conta dos consumidores brasileiros, um grupo de especialistas diz que o “cashback” (devolução financeira de recursos previamente cobrados) não será suficiente para anular o impacto no bolso do consumidor.
A reportagem explica que em maio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG), reuniu-se com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, e ambos selaram um acordo para elevar a tarifa da energia produzida na usina, passando de US$ 16,71 por quilowatt (kW) em 2023 para US$ 19,28 por kW entre 2024 e 2026.
Silveira garantiu que não haveria elevação de custos aos consumidores, pois o lado brasileiro da usina reembolsará US$ 301 milhões para o triênio, que serão abatidos do plano de investimentos da parte brasileira. A promessa não convenceu os especialistas, já que o aumento pode ser maior do que o “cashback” previsto.
Aneel autoriza início da operação de parque eólico da Eletrobras no Rio Grande do Sul
A Eletrobras informou, ontem (18/7), que recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial dos primeiros aerogeradores do Parque Eólico Coxilha Negra, em implantação no município de Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
Segundo a companhia, foram liberadas 14 unidades geradoras das 72 previstas para operarem na unidade. O investimento total é de R$ 2 bilhões, com capacidade instalada de 302,4 megawatts (MW). O empreendimento ocupará uma área de 8.644 hectares. Até o momento, o Parque Eólico Coxilha Negra tem 41 aerogeradores completamente montados, divididos em quatro conjuntos, conforme informação da Eletrobras. Desse total, 14 estruturas de Coxilha Negra 02 iniciaram operação comercial e outras nove estão operando na fase de testes. (Valor Econômico)
Empresas de petróleo crescem enquanto mundo pressiona por energia limpa
Reportagem do jornal The New York Times, publicada pela Folha de S. Paulo, destaca que apesar de todo o foco em uma transição energética, a indústria do petróleo dos Estados Unidos está em alta, extraindo mais petróleo bruto do que nunca do xisto sob o solo do oeste do Texas.
Depois de anos de prejuízos com perfuração horizontal e fraturamento hidráulico, as empresas que ajudaram o país a se tornar o principal produtor global de petróleo deram a volta por cima e estão gerando lucros robustos. As ações de algumas empresas de petróleo e gás, como Exxon Mobil e Diamondback Energy, estão em níveis recordes ou perto disso.
A reportagem explica que o renascimento da indústria após perdas durante a pandemia de Covid-19 se deve em grande parte às forças de mercado, embora a guerra da Rússia na Ucrânia tenha ajudado. Os preços do petróleo nos EUA têm girado em torno de US$ 80 o barril desde o início de 2021, em comparação com cerca de US$ 53 nos quatro anos anteriores.
O fato de que o preço e a demanda por petróleo têm sido tão fortes sugere que a transição para energia renovável e veículos elétricos levará mais tempo e será mais turbulenta do que alguns ativistas climáticos e líderes mundiais esperavam.
Com subida do dólar, governo aumenta para 3,9% a projeção da inflação neste ano; previsão de alta do PIB segue em 2,5%
O governo aumentou a estimativa de inflação para 2024 de 3,7% para 3,9%. A nova estimativa leva em conta os impactos da desvalorização do real frente ao dólar nas últimas semanas e a calamidade no Rio Grande do Sul nos preços. Também entraram nos cálculos os recentes reajustes nos valores da gasolina e do gás.
A nova projeção foi divulgada, ontem (18/7), no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Para 2025, a previsão de inflação medida pelo IPCA (índice nacional de preços ao consumidor amplo) também aumentou, de 3,2% para 3,3%. A meta estipulada pelo governo para a inflação é de 3%. Há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual tanto para cima como para baixo. (O Globo)
Oferta da Sabesp tem busca recorde e preço abaixo da cotação
O Valor Econômico informa que a segunda etapa da oferta de privatização da Sabesp, em que foram oferecidas 17% das ações da companhia, atraiu R$ 186,8 bilhões em ordens. As ações serão vendidas a R$ 67 por papel – 18,3% abaixo do valor de fechamento dos papéis na tarde de ontem (18/7).
Com isso, o pagamento total pela fatia será de R$ 7,9 bilhões. Ao todo, a oferta somou R$ 14,8 bilhões, considerando os demais 15% de ações que já haviam sido conquistados pela Equatorial na primeira fase do processo. A demanda da oferta bateu um recorde histórico no país, diz uma fonte da reportagem. Segundo analistas, um dos fatores centrais para a procura elevada foi o preço das ações, que ficou muito abaixo do valor em negociação na Bolsa, o que significa que, para o investidor, o ganho com a venda dos papéis deverá ser elevado.
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem o congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento deste ano, como forma de cumprir as regras do arcabouço fiscal. “São R$ 11,2 bilhões de bloqueio e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, em virtude da receita”, disse Haddad. A decisão visa manter o déficit primário entre zero e 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, num contexto de receitas extras abaixo do esperado e aumento das despesas obrigatórias acima do previsto. (Valor Econômico)
A informação é o principal destaque na edição desta sexta-feira (19/7) dos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.