A Voltalia encerrou o segundo trimestre de 2024 com 1,49 GW de capacidade instalada no Brasil, o que representa avanço de 34% na comparação anual. O montante é composto por 773 MW em geração eólica e 721 MW em geração solar. Em construção no país, a companhia tem mais 8 MW em geração hídrica e 1 MW em geração solar.
Globalmente, a Voltalia encerrou o trimestre com 2,45 GW em operação, um avanço de 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste total, 866 MW são em capacidade eólica, 1,5 GW em geração solar, 7 MW em biomassa, 10 MW em hídricas e 56 MW em usinas híbridas. Em construção globalmente, há 605 MW.
O faturamento da empresa foi de 137,8 milhões de euros no trimestre, o que representa aumento de 42% na comparação anual. A produção de energia da Voltalia alcançou 1,11 GWh no trimestre, com aumento de 26% na comparação anual e, pela primeira vez, a geração solar respondeu por mais da metade da produção da companhia.
As vendas de energia aumentaram 31% e alcançaram 93,8 milhões de euros, graças ao avanço na geração e ao aumento de cerca de 4,5% nos preços praticados, em função da indexação à inflação nos contratos de longo prazo.
Em serviços para terceiros, o montante faturado foi de 44 milhões de euros, com crescimento de 75%. Os serviços para conta própria foram eliminados na consolidação, mas reduziram em 46% “com equipes mais focadas em contratos para terceiros”, segundo relatório da Voltalia.
Assim, os serviços de desenvolvimento, construção e procurement para terceiros cresceram 91%, a 37,8 milhões de euros. Os serviços de operação e manutenção para terceiros cresceram 15%, a 6,2 milhões de euros no trimestre.
A capacidade operada para terceiros alcançou 6,4 GW, com aumento de 15% na comparação anual. De acordo com a empresa, “este segmento foi particularmente beneficiado por novos contratos no Brasil”.
Fator de capacidade e geração caem no Brasil
A performance das usinas da Voltalia caiu no trimestre em diversos países, inclusive no Brasil. No país, as usinas eólicas tiveram fator de capacidade de 27%, contra 30% no segundo trimestre de 2023, enquanto nas usinas solares o fator de capacidade foi de 21%, contra 25% há um ano.
A geração no Brasil caiu 2%, em função dos recursos mais escassos para geração, manutenções preventivas realizadas no período de safra dos ventos mais baixa e em função da venda em dezembro de 2023 dos parques eólicos Vila Acre 1 e 2, que somam 58,5 MW.
Nos outros mercados, também houve redução no fator de capacidade, exceto na França, que se manteve estável a 18%, e no Egito e Jordânia, com crescimento de 2 pontos percentuais, a 32%. Globalmente, a redução foi mais do que compensada pelo comissionamento de novas plantas.
Nova venda de projeto no Brasil
A Voltalia aproveitou a divulgação de resultados para comunicar a venda de um parque de 500 MW no complexo de Macururé, na Bahia. A empresa não deu detalhes sobre o comprador ou valores da transação.
Nesta semana, a Voltalia também anunciou a assinatura de um novo contrato para manutenção do complexo fotovoltaico Arinos, desenvolvido em Minas Gerais pela própria Voltalia e vendido à Enel Green Power.
Em abril, a Voltalia assinou contrato para serviços da manutenção para um parque solar de 266 MW no município de Lajes, no Rio Grande do Sul.
Metas para 2024 e 2027 estão mantidas
Na avaliação da Voltalia, o resultado do segundo trimestre de 2024 reforça as metas para 2024 de atingir 3,3 GW em operação e construção, o que representa aumento de 16% em relação ao ano de 2023. Deste montante, cerca de 2,5 GW devem estar operacionais.
Para 2027, a empresa espera superar os 5 GW em operação e construção, dos quais cerca de 4,2 GW devem estar operacionais. A operação para terceiros deve superar os 8 GW, e todos os novos projetos para construção deverão ter um parceiro definido.