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Chesf é autorizada a retomar operação de 440,4 MW

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Reservatorio da UHE Sobradinho da Chesf/ Crédito: Marcello casal jr da agência Brasil

A operação comercial de três unidades geradoras das usinas hidrelétricas Funil e Paulo Afonso IV foi liberada nesta sexta-feira, 26 de julho, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De titularidade da Chesf, as turbinas, que somam 440,4 MW, estavam fora do Sistema Interligado Nacional (SIN) desde 15 de julho.

Duas unidades da UHE Funil, num total de 30 MW, haviam sido indisponibilizadas de forma emergencial para preservar a integridade física das grades de retenção e dos componentes e sistemas das turbinas, devido à presença de corpos estranhos provenientes de grande volume de chuvas nos últimos dias na Bacia do Rio de Contas, nas proximidades da planta da Chesf no município de Ubaitaba, na Bahia.

Já a UG3, de 410,4 MW, da UHE Paulo Afonso IV da Chesf, teve a operação comercial suspensa para substituição e atualização tecnológica de todo o sistema de medição, proteção e comando, supervisão, regulação de tensão e velocidade, sistema de monitoramento, componentes da turbina, serviços auxiliares elétricos e mecânicos das unidades.

Instalada entre os municípios de Delmiro Gouveia e Paulo Afonso, nos estados de Alagoas e Bahia, a usina da Chesf teve o seu projeto básico orçado em cerca de R$ 422 milhões.

Suspensões no Sul

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Por outro lado, a autarquia suspendeu a operação comercial das unidades geradoras UG1 e UG2, totalizando 9,8 MW, da PCH Furnas do Segredo, situada no município de Jaguari, no Rio Grande do Sul. O ativo faz parte de um conjunto de 15 que ficaram indisponíveis depois das chuvas que atingiram o estado em abril, quando deixou mais de 318 mil consumidores da região sem energia.

Em ofício enviado para a agência, a Jaguari Energética, responsável pela usina, disse que a cheia recorde do rio Jaguarí a jusante da barragem inundou completamente a casa de força da planta, mantendo submersos todos os equipamentos instalados.

No momento, a empresa não tem previsão para o retorno operacional da PCH Furnas do Segredo, mas informou à agência que um estudo confirmou que a estrutura permanece íntegra e sem riscos de colapso.

Para conseguir retomar a operação, a companhia contratou uma empresa para realizar o bombeamento e tratamento da água retida na casa de força, e tem feito estudo técnico para reparo e/ou substituição dos equipamentos mecânicos e elétricos. Além disso, adquiriu energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre para disponibilização ao cliente CEEE-D, visando permitir o cumprimento de suas obrigações contratuais.

CGH Soledade também entrou no conjunto de usinas com atividade suspensa pela agência depois das chuvas no estado. A previsão de retorno das unidades geradoras UG1 e UG2, que somam 1,2 MW, é de 12 meses.

Situada no município de Fontoura Xavier, a planta teve danos em sua casa de máquinas com queda e comprometimento completo da estrutura civil da casa de máquinas, do sistema de automação e comunicação, do sistema de medição de fronteira e de elevação de tensão e proteção do ponto de conexão com a distribuidora local.

Geração

Na cidade baiana de Uibaí, a UG7, de 5,7 MW, da eólica Serra da Mangabeira foi libera para início de operação comercial.

Teste

Entre os municípios de Araripina e Simões, nos estados de Pernambuco e do Piauí, a Aneel liberou a operação em teste das UG4 e UG5, totalizando 11,4 MW, da eólica Ventos de São Zacarias.

As UFVs Ape Soprano Sme e Rede Zeferino São João da Boa Vista obtiveram aval na modalidade para 23 unidade geradoras, somando 1 MW. As plantas estão localizadas nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente.

DRO

A agência reguladora ainda registrou o recebimento do Requerimento de Outorga (DRO) das eólicas Serra do Estreito 1 a 9, somando 1.248,3 MW, localizadas nos municípios de Barra, Buritirama e Pilão Arcado, na Bahia.

Já as UFVs Água Branca 1 a 4, Barnard Solar 1 a 10 e Brilho do Sertão 1 a 5 e as eólicas Picuí 3 e 9 tiveram os pedidos para requerimentos de emissão de outorga negados pela autarquia.

O DRO é um passo anterior à outorga e visa permitir que o agente interessado em um empreendimento solar, térmico ou eólico solicite informação de acesso ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), bem como as licenças necessárias.

ACL

A autarquia também deu aval para a Sunteb Comercializadora de Energia atuar como agente comercializador de energia elétrica no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).