A carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 3,4% em média entre 2024 e 2028, de acordo com a segunda revisão quadrimestral elaborada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O percentual é ligeiramente superior que o crescimento médio projetado em março, na primeira revisão quadrimestral para o período em questão, de 3,3% em média.
Em 2024, a carga deve ser de 78.978 MW médios, um crescimento de 4% para o ano e de 0,2% na comparação ao projetado na primeira revisão quadrimestral.
Até 2028, as projeções foram revistas para cima, chegando a 89.754 MW médios ao final do período. A previsão de março deste ano apontava uma carga um pouco menor para essa data, de 89.257 MW médios.
Segundo o documento, a previsão acompanha a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), revisada de 2% para 2,2% em 2024, em decorrência do crescimento brasileiro no primeiro trimestre (2,5%), acima do esperado à época da primeira revisão quadrimestral.
Além disso, a expectativa de aumento soma-se a um cenário de melhora do mercado de trabalho e da manutenção dos níveis de consumo das famílias (+4,4%), sendo que por outro lado, as taxas de juros podem limitar a expansão da economia.
“Pelo lado da oferta, houve expansão nos serviços (3,0%) e na indústria (2,8%), mas queda na agropecuária (-3,0%)”, detalha o documento, destacando que ainda há grande incerteza com relação aos impactos das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, mas que deve ter um impacto negativo de baixa magnitude.
Crescimento no médio prazo
Entre 2025 e 2028, a segunda revisão quadrimestral manteve as premissas qualitativas e as projeções de crescimento do PIB brasileiro consideradas na primeira. Apesar disso, foi revisado o crescimento esperado para 2028, de 3% para 2,6%;
Neste cenário, considera-se que o ambiente econômico é caracterizado por uma maior estabilidade macroeconômica, com inflação sob controle e convergindo para o centro da meta, além de menor risco aos negócios, permitindo um menor patamar de taxa de juros e menor custo do crédito.
Essas projeções não descontam a carga atendida por micro e minigeração distribuída (MMGD). As projeções continuam em patamar semelhante ao de março, saindo de 5.070 MW médios atendidos na modalidade em 2024, mas chegando a uma base total mais significativa em 2028, de 7.634 MW médios ante 6.467 MW médios estimados na última revisão.