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Na guerra da energia limpa, hidrelétricas defendem mudança de regras de leilão – Edição do dia

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Estudo apresentado ao governo pela Abragel propõe mudança de regras de leilão / Crédito: Itaipu - divulgação
Estudo apresentado ao governo pela Abragel propõe mudança de regras de leilão / Crédito: Itaipu - divulgação | Itaipu Binacional

A Folha de S. Paulo publicou, na edição de sábado (10/8), uma entrevista com Charles Lenzi, presidente da Abragel, Associação Brasileira de Geradoras de Energia Limpa – a maioria hidrelétricas. Defensor de todas as tecnologias, ele apresentou ao governo, na semana passada, um estudo da consultoria Volt Robotipara para mostrar que os leilões, definidos pelo critério de menor preço por megawatt-hora, estão encarecendo a conta de luz ano a ano.

Ele explicou que todas as fontes de energia limpa carregam custos indiretos diferentes, que não são considerados no cálculo da energia contratada pelo governo nos leilões.

Como exemplo, ele citou Belo Monte, onde o preço da energia foi fixado em R$ 75 o MWh (megawatt-hora). “Mas para chegar ao Sudeste, por exemplo, era preciso construir linhas de transmissão cujo custo, se fosse computado, dobraria o valor da energia da usina. Esse custo foi posteriormente repassado para a tarifa e dividido pelos consumidores”, afirmou.

O estudo da consultoria Volt Robotics mostra que esses custos indiretos são maiores nas fontes solar (equivalem a 67% do custo total) e na eólica (54%). Nas hidrelétricas, eles representam só 15% e, nas PCHs [Pequenas Centrais Hidrelétricas], 27%.

Nova seca histórica deve interromper fluxo no rio Amazonas e elevar custos

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Reportagem do Valor Econômico destaca que, com uma nova seca histórica no rio Amazonas, a passagem de navios de carga deverá começar a ter restrições nas próximas semanas. A expectativa de operadores logísticos é que, em meados de setembro, as embarcações não passem pelos trechos críticos da hidrovia, e a indústria já estima um custo adicional com transporte de pelo menos R$ 500 milhões até o fim do ano.

Hoje, o nível dos rios na região de Manaus está abaixo do patamar observado no mesmo período de 2023, quando a estiagem atingiu seu maior patamar histórico. Com isso, a expectativa é que a situação drástica vista no ano passado se repita.

ONS: projeções de demanda de carga para agosto são de crescimento em todas as regiões

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da semana entre os dias 10 e 16 de agosto apresenta projeções de crescimento para a demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. A expansão do SIN é estimada em 3,9% (75.928 MWmed).

O padrão de aceleração entre as regiões é semelhante ao divulgado na primeira revisão. O Norte é o que deve registrar maior avanço, com 7,4% (8.071 MWmed); seguido pelo Nordeste, com 6,9% (12.651 MWmed). O Sul e o Sudeste/Centro-Oeste devem apresentar aceleração de 6,1% (13.035 MWmed) e de 1,8% (42.171 MWmed), respectivamente. A comparação é realizada entre os números verificados no mesmo período de 2023 e o estimado para agosto de 2024.

As perspectivas de Energia Natural Afluente (ENA) para o final de agosto seguem abaixo da Média de Longo Termo (MLT) para o período tipicamente seco em curso. Este padrão é verificado em todos os subsistemas. O maior percentual deve ser verificado no Sul, com 67% da MLT. A região, que vem atingindo os índices mais altos de ENA, na atual revisão projeta um valor 17 pontos percentuais (p.p.) inferior ao divulgado na semana anterior (84%). Para os demais subsistemas, os patamares indicados são de 56% da MLT (Sudeste/Centro-Oeste), 48% da MLT (Norte) e 43% da MLT (Nordeste).

As perspectivas para a Energia Armazenada (EAR) em 31 de agosto mantêm a possibilidade de todas as quatro regiões atingirem níveis acima de 50%. O Norte e o Sul têm as maiores estimativas: 80,8% e 73,9%, respectivamente. Já o Nordeste deve encerrar o mês com 56,9% e o Sudeste/Centro com 54,8%.

O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em R$ 111,09 em todos os submercados. (Fonte: ONS)

Compartilhamento de postes: sindicatos entram com recurso na Aneel contra arquivamento do processo

Sindicatos que representam os trabalhadores e as empresas de telecomunicações entraram com recurso junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na semana passada, contra decisão que extinguiu o processo que tratava de regras para o compartilhamento de postes entre as empresas de energia e telecom.

As entidades argumentam que o arquivamento coloca em risco a segurança dos trabalhadores. O recurso foi sorteado para a relatoria do diretor Ricardo Tili. (Agência Infra)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Os acordos de reestruturação extrajudicial têm ganhado fôlego no país e atraído grandes credores que buscam negociações diretas com devedores como forma de se resguardarem de uma crise mais severa nas empresas. Isso ocorre, principalmente, após o duro baque que marcou os negócios em 2023, com Americanas e Light buscando proteção judicial. Até julho, o valor da dívida negociada em recuperações extrajudiciais (RE) avançou 19% no ano, para R$ 8,9 bilhões, em relação a todo o ano passado.

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Folha de S. Paulo: O desempenho aquecido do mercado de trabalho reforça as projeções de PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil, mas alerta para um possível impacto na inflação. Segundo economistas, a sequência de avanços do emprego e da renda tende a beneficiar neste ano o consumo das famílias, considerado o motor do PIB pela ótica da demanda.

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O Estado de S. Paulo: O brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse ontem que o conteúdo das duas caixas-pretas do avião da Voepass foi preservado e recuperado pela perícia. As peças guardam os registros de voz e os dados do voo e são fundamentais para desvendar as causas da tragédia que deixou 62 mortos. 

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O Globo: No mesmo dia que um ataque matou três crianças e dois adultos no Reino Unido, no fim de julho, uma conta no X com mais de 400 mil seguidores compartilhou uma imagem gerada por Inteligência Artificial (IA) em que homens com vestes muçulmanas e facas na mão correm atrás de um bebê. Até a última sexta-feira, a postagem, que tinha o Parlamento britânico ao fundo e a mensagem “precisamos proteger nossas crianças”, contava com 920 mil visualizações. O mesmo perfil, desde então, têm usado imagens geradas por IA para insuflar as manifestações violentas que varreram cidades britânicas nos últimos dias.

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