O Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades consumidoras abastecidas pela geração distribuída (GD) de energia solar, que representam 4,5% do total de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo brasileiro, atualmente em 92,4 milhões. Os números foram apresentados em mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que aponta a queda de 50% no preço dos equipamentos em 2023 como fator impulsionador do crescimento da fonte solar no país.
“Certamente, as 4 milhões de contas de luz atendidas pela energia solar distribuída devem ser comemoradas, já que o setor solar segue uma boa curva de crescimento no país. Mas ainda estamos aquém de muitos países, com atendimento a apenas 4,5% das contas de luz no Brasil, enquanto, na Austrália, por exemplo, esse suprimento chega a mais de 30% das unidades naquela nação”, afirmou Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da entidade.
As residências lideram a modalidade, com mais de 2,8 milhões de imóveis abastecidos, cerca de 70% do total de unidades consumidoras.
Os estabelecimentos comerciais e de serviços representam a segunda maior classe de consumo abastecida pela GD solar, com mais de 674,4 mil locais (16,8%), seguidos pelas propriedades rurais, com 410,4 mil (10,2%), indústrias, com 97,4 mil (2,4%), e prédios do poder público, com 12,1 mil (0,5%). Os demais tipos de consumidores, como serviços públicos e iluminação pública, somam cerca de 1,7 mil (0,1%).
Investimentos em GD
Os investimentos acumulados na geração distribuída solar somam R$ 150,3 bilhões no país e alcançou 31 GW de potência instalada.
Segundo a Absolar, o segmento é responsável pela criação de mais de 931 mil empregos verdes acumulados desde 2012, bem como contribuiu para uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 44,7 bilhões.
Os sistemas fotovoltaicos estão presentes em 5.550 municípios e em todos os estados brasileiros.