A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) migrou a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, para o mercado livre de gás natural. A demanda é de 1,35 milhão de m³ por dia e será suprida por um pool de fornecedoras composto por Petrobras, Shell Energy Brasil e Galp. O carregamento de cada empresa será variável a depender do mês e da estratégia da CSN. Segundo a siderúrgica, esta formatação em pool proporciona segurança e diversidade no abastecimento.
O diretor de Energia da companhia, Rogério Pizeta explica que a empresa contratou não apenas a molécula, mas também a saída do gás do sistema de transporte, em uma estratégia de “operação ativa no setor de gás natural” para redução de custo e criação de valor à empresa. “Isto nos permite ainda capturar oportunidades de compra spot, mesclando estratégia de curto, médio e longo prazos”, diz Pizeta em nota. O executivo também adiantou que a molécula poderá ser aplicada em outras atividades da empresa, em uma estratégia de descarbonização.
Segundo a CSN, o volume de 1,35 milhão de m³ corresponde a 60% do total movimentado pela distribuidora local, que é a Ceg-Rio. A migração da CSN para o mercado livre de gás natural impulsionou a discussão sobre o contrato de uso do sistema de distribuição (Cusd) no estado. O modelo de Cusd foi aprovado em abril.