Inflação

Bandeira tarifária foi a principal influência para inflação negativa em agosto

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira, 10 de setembro, pelo IBGE.

Gráfico de volatilidade
Gráfico de volatilidade/Crédito: Markus Winkler Unsplash

Influenciada por uma redução nos preços da energia elétrica residencial, de -2,77%, a inflação do país foi de -0,02% em agosto, queda de 0,40 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira, 10 de setembro, pelo IBGE. Colaborou para a primeira inflação negativa no ano a queda nos preços em habitação (-0,51%), após redução em energia, e da alimentação e bebidas (-0,44%).

O gerente da pesquisa, André Almeida, destaca a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo habitação.

“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua.

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Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

O grupo Transportes registrou estabilidade, em grande parte, por movimentos de preços em sentidos opostos em seus principais subitens.

Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

“A queda no preço das passagens aéreas em agosto pode ser explicada por um movimento contrário ao observado em julho, mês de férias escolares, quando as passagens aéreas são mais demandadas por conta de viagens que as famílias realizam”, explica o gerente da pesquisa.