A Zeg Biogás e a Coagro assinaram nesta semana contrato para a construção de uma usina de biometano na região norte do Rio de Janeiro. O combustível será gerado a partir de resíduos agroindustriais e a biorrefinaria tem prazo de implantação previsto de da 18 meses, com previsão para comercializar o biometano no início de 2026.
Com um investimento aproximado de R$ 60 milhões, a ser realizado pela Zeg Biogás, a planta tem capacidade inicial de produção da usina estimada em 3,7 milhões de m³ anuais.
“Esta parceria é fruto da cooperação mútua entre empresas que compreendem a importância da transição energética urgente rumo a economia de baixo carbono. O biometano é um combustível limpo, socialmente responsável, e contribuirá de forma relevante para tornar o Brasil uma potência energética renovável no curto prazo”, afirma o CEO da Zeg Biogás, Eduardo Acquaviva.
Em nota, a Zeg Biogás afirmou que a usina será a primeira do estado do Rio de Janeiro a produzir biometano a partir da vinhaça, subproduto da produção do etanol pela Coagro, gerando, ainda, biofertilizante.
O projeto prevê ainda a possibilidade de ampliação da geração de biogás, caso haja maior disponibilidade de biomassa, o que poderá incrementar e viabilizar a produção agroindustrial local ou a plantação de novas culturas ainda pouco exploradas.
“Considerando também os Mecanismos de Ajustes de Carbono na Fronteira (CBAM, em inglês), que será aplicado aos produtos destinados à exportação para a União Europeia a partir de janeiro de 2026, ter a opção de um combustível limpo, que possa ser produzido de forma economicamente viável e que venha a substituir outros combustíveis fósseis na região portuária, é algo ainda mais urgente. Isso potencialmente trará um grande diferencial para a criação de corredores sustentáveis em nossa economia”, conclui o executivo.