Mercado

Américas e Europa têm queda de 42% no número de pedidos de turbinas eólicas

Dado é do novo relatório da Wood Mackenzie

Eólicas no Ceará - Crédito: Ricardo Botelho (MME)
Eólicas no Ceará - Crédito: Ricardo Botelho (MME)

Os pedidos globais de turbinas eólicas onshore alcançaram 91,2 GW no primeiro semestre do ano, um aumento de 23% na comparação anual, segundo relatório da Wood Mackenzie, que aponta ainda uma queda de 42% nas encomendas das Américas e da Europa, para menos de 10 GW em aerogeradores.

Publicado nesta segunda-feira, 16 de setembro, o documento destaca que os fabricantes de aerogeradores ocidentais viram aumento da competição e uma demanda mais fraca, contribuindo apenas com 13% das encomendas totais no semestre. A Ásia Pacífico representou 85% das encomendas no semestre, com destaque também para os fabricantes indianos, que tiveram aumento de 69% na comparação anual.

Além das encomendas de 70 GW para atendimento do mercado doméstico, a China também recebeu 5 GW de pedidos do exterior.

“Os fabricantes de equipamentos chineses continuam a quebrar recordes de entrada de pedidos em atividade tanto internamente quanto no exterior. Por outro lado, os fabricantes ocidentais estão lutando para manter o ritmo, desafiados pelas vantagens competitivas da China em preços e disponibilidade. A fraca demanda nos mercados ocidentais, bem como a incerteza política, inflação e outras pressões de custo também reduziram a atividade nos EUA e na Europa. A China continua sendo a líder indiscutível da indústria”, disse Luke Lewandowski, vice-presidente de Pesquisa Global de Energias Renováveis ​​na Wood Mackenzie.

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No total, a indústria movimentou US$ 42 bilhões em investimentos no período, alta de 3% na mesma base de comparação.

Baixa nas eólicas offshore

Em contraste, as eólicas offshore enfrentaram “dificuldades”, com a entrada de pedidos diminuindo 38% (-4,1 GW) no período.

“O mercado offshore tem quase 30 GW de pedidos condicionais globalmente, 21 GW dos quais são para projetos na Europa e nos EUA, mas a economia desafiadora continua a atrasar a conversão em pedidos firmes”, disse Lewandowski.