A Serena Energia fornecerá energia eólica para oito sociedades de propósito específico (SPEs) da BRK Ambiental, prestadora de serviços de água e esgoto. Fechado sob o regime de autoprodução, o acordo foi aprovado nesta terça-feira, 17 de setembro, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições.
Conforme informações prestadas ao Cade, o projeto de geração eólica localizado no município de Xique-Xique, na Bahia, fará o suprimento para as SPEs, que estão instaladas nos estados Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
Para a Serena, a operação representa uma boa oportunidade de negócios. Para as sociedades da BRK, o acordo está alinhado ao seu objetivo estratégico de suprir sua demanda energética.
As empresas
A BRK, prestadora de serviços de água e esgoto, é uma empresa na qual o grupo Brookfield detém 70% de participação, e o FI-FGTS, fundo de investimento do FGTS criado pela Lei nº 11.491, de 20 de junho de 2007.
Em agosto, a empresa realizou uma oferta de R$ 450 milhões em debêntures, com prazo de vencimento de cinco anos. Os recursos captados foram destinados para o pagamento de dívidas de curto prazo da companhia.
A Serena, que tem como maior acionista o fundo Tarpon, desenvolve atividades de geração e comercialização de energia elétrica decorrente, exclusivamente, de fontes de energia renováveis.
No final de agosto, a companhia fechou acordo no regime de autoprodução, via dois complexos eólicos na Bahia, a Scala Data Centers, com início de suprimento esperado para o início de 2025.
A empresa Mineração Maracá Indústria e Comércio, subsidiária do grupo Lundin Mining, também fechou contrato com a Serena para se tornar autoprodutor de energia elétrica de origem eólica.
O abastecimento será proveniente do complexo eólico Chuí, instalado entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul.