O Valor Econômico informa que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) receberá autoridades do setor elétrico amanhã (19/9), em sua sede no Rio de Janeiro, para apresentar o plano de contingência para garantir a segurança do fornecimento de energia ao país.
As medidas para afastar o risco de apagão deverão ser apresentadas em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), confirmou fontes do setor a par do assunto. O Valor destaca que na última quinta-feira (12/9), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou ao ONS que fosse apresentado, no prazo de até 30 dias, esse plano de contingência com o objetivo de assegurar o abastecimento do país até os últimos anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2024 e 2026.
Ainda de acordo com a reportagem, a ordem de elaborar o plano de contingência surge num momento em que o próprio ONS admite enfrentar dificuldades para garantir o atendimento da demanda por energia. Nesta época do ano, isso ocorre no horário de ponta, entre 18 horas e 20 horas dos dias úteis, e também na gestão dos reservatórios de grandes hidrelétricas responsáveis por garantir o suprimento do país nos períodos de seca ou de chuva com hidrologia baixa.
À espera de diretor, Aneel empata processo de linha de transmissão no Acre
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve, ontem (17/9), o impasse em torno de uma linha de transmissão no Acre. A deliberação teve votação empatada e o empreendimento não foi liberado para começar a operar.
A reportagem da Agência Eixos explica que o caso se junta à lista de quatro processos que dependem da indicação de um novo diretor, cuja cadeira está vaga desde o mês de maio. A linha de transmissão liga a capital do estado, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul, e vai inserir o Acre no Sistema Interligado Nacional (SIN).
No início de setembro, a Eixos publicou outra reportagem a esse respeito, informando que a indefinição sobre receita de linha de transmissão no Acre mantém despesa milionária na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
Lula libera R$ 514 milhões contra queimadas
Após reunir representantes dos Três Poderes, o governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem medidas contra as queimadas na Amazônia Legal. A principal iniciativa será a liberação de R$ 514 milhões, através da edição de uma medida provisória (MP). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, acrescentou que novos recursos devem ser liberados após reunião entre Lula e os governadores nesta semana.
A distribuição dos recursos só será possível porque, há alguns dias, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, autorizou a União a utilizar créditos extraordinários fora da meta fiscal para o combate a incêndios. (Valor Econômico)
Raízen vai vender usinas renováveis menores
O Valor Econômico informa que a Raízen Power, divisão da Raízen voltada a serviços de energia renovável, decidiu que vai vender todas as usinas de geração distribuída (de menor porte) para focar apenas no serviço a clientes e captação de novos consumidores. A empresa não está deixando o segmento, mas pretende oferecer a possibilidade de contratar energia renovável através do portfólio de parceiros que operam as usinas.
Atualmente, a companhia opera 87 usinas de pequeno porte nas fontes solar, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e biogás, distribuídas em 14 Estados, com uma capacidade total de 177 megawatts (MW), gerando 48 gigawatts-hora (GWh) por mês.
A empresa já iniciou o plano de desinvestimento, quando anunciou em abril a venda de 31 usinas solares para a Élis Energia, empresa controlada pelo fundo do Pátria Investimentos, por R$ 700 milhões. Os recursos serão recebidos à medida que os projetos forem desenvolvidos e construídos pela Raízen, e transferidos até dezembro de 2025.
SG/Cade aprova consolidação do controle da Vibra na Comerc
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, na segunda-feira (16/9), a consolidação do controle acionário da Vibra Energia na Comerc.
A distribuidora já detinha 48,7% das ações da geradora e comercializadora de energia elétrica, e anunciou, em agosto, a opção de compra de mais 50% por R$ 3,52 bilhões.
“A Vibra já dispõe do montante necessário para o pagamento do preço de aquisição previsto na operação, não havendo, portanto, mudança significativa na sua estrutura de capital”, afirmou a distribuidora em comunicado aos acionistas na época. (Agência Eixos)
Cemig pagará R$ 472 milhões em juros sobre o capital próprio
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aprovou o pagamento de R$ 472,5 milhões em juros sobre o capital próprio, conforme mostra documento enviado ontem (17/9) ao mercado.
Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,16520222078, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, com exceção de investidores isentos. O acionista que quiser aproveitar o valor, terá até o dia 23 de setembro para comprar papel. A partir de 24, a ação passará a ser negociada ‘ex-JCPs’.
O valor será pago em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 30 de junho de 2025 e a segunda até 30 de dezembro de 2025. (Money Times)
Noruega é o primeiro país a ter mais carros elétricos que movidos a gasolina
Pela primeira vez, um país conseguiu ampliar a sua frota de carros elétricos a ponto de torná-la maior do que a de modelos movidos a gasolina. Dos 2,8 milhões de veículos particulares registrados na Noruega, 754.303 são totalmente elétricos, em comparação com 753.905 que funcionam a gasolina, segundo dados da Federação Rodoviária Norueguesa divulgados ontem (17/9).
Em agosto, os veículos totalmente elétricos representaram um recorde de 94,3% dos registros de carros novos no país escandinavo. Os modelos a diesel continuam sendo maioria —são pouco menos de um milhão —, mas suas vendas estão despencando, afirma a federação rodoviária. (Folha de S. Paulo, com informações do portal alemão Deutsche Welle)
A sociedade não está disposta a pagar o preço da mudança para uma matriz limpa, diz CEO da Prumo Logística
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o CEO da Prumo Logística, Rogério Zampronha, disse que apesar de ter ficado na 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), divulgado em relatório recente do Fórum Econômico Mundial, o Brasil já deveria ser o número um entre os países mais preparados para promover essa transformação.
A empresa, que administra o Porto do Açu (RJ), acompanha esse processo. O executivo diz que alguns entraves para essa evolução encontram-se, ainda, no custo do uso das fontes renováveis, como o hidrogênio verde, que ainda precisa desenvolver escala e tecnologia, e também na regulação. “No Brasil, a regulação anda muito lenta”, afirma.
Zampronha será um dos participantes do evento “Neoindustrialização apoiada pela transição energética – Como unir a política industrial e a política de sustentabilidade”, uma realização do Estadão. O evento ocorre na próxima sexta-feira (20/9), no salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Os investimentos do governo federal somaram R$ 32 bilhões de janeiro a julho, 31,8% a mais do que no mesmo período de 2023 e os mais altos para os primeiros sete meses do ano desde 2016. Os números, atualizados pela inflação, mostram alguma retomada do volume investido, mas os valores seguem baixos.
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O Estado de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o Brasil “não estava 100% preparado” para combater as queimadas. A declaração ocorreu em reunião com autoridades de Executivo, Legislativo e Judiciário, ontem no Palácio do Planalto. O objetivo era discutir ações contra os incêndios.
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O Globo: Uma série de explosões quase simultâneas de pagers, um dispositivo eletrônico usado para a recepção de alertas e mensagens curtas, deixou nove mortos e 2.750 feridos no Líbano, afirmou o Ministério da Saúde local. Entre as vítimas estão uma menina de oito anos e centenas de integrantes do grupo xiita libanês Hezbollah. A organização político-militar e integrantes do próprio governo do Líbano acusaram Israel pelo ataque.
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Folha de S. Paulo: O governo Lula (PT) acelerou o prazo para legalização de sites de apostas online após reações no Congresso Nacional contra as chamadas bets, inclusive de integrantes do PT e de sua base. Novas denúncias envolvendo essas plataformas têm mobilizado parlamentares e também acenderam alerta no Ministério da Fazenda, que trabalha desde 2023 para regulamentar o setor.