Seminário promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo vai discutir, amanhã (20/9), como unir a política industrial e a política de sustentabilidade.
Com cerca de 85% da matriz elétrica brasileira considerada limpa (hidrelétrica, eólica, solar e biomassa), segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o potencial de desenvolvimento das fontes de geração renováveis é imenso.
É uma posição muito diferente da encontrada em outros países e um diferencial importante quando se fala, por exemplo, em atração de investimentos, em um momento em que as questões climáticas se tornam um ponto cada vez mais determinante nas tomadas de decisões de empresas e governos.
Apesar dessa posição, ainda há um caminho importante a ser percorrido nesse sentido, principalmente quando se fala de regulação, segurança jurídica e infraestrutura, por exemplo, se o País realmente quer se tornar competitivo nessa área.
Como fazer esse quadro se tornar realidade? O tema será discutido amanhã, no salão nobre da Federalçao das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp), no seminário “Neoindustrialização apoiada pela transição energética — Como unir a política industrial e a política de sustentabilidade”, promovido pelo Estadão.
Transição energética impulsiona investimento na mineração
Reportagem do jornal O Globo destaca que a busca por um minério de ferro de maior qualidade e a aposta em commodities ligadas à transição energética para a produção de baterias de carros elétricos farão com que o setor de mineração no Brasil invista US$ 64,5 bilhões entre 2024 e 2028, alta de 28,8% em relação ao período de 2023 a 2027, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Desse total, as ações socioambientais vão consumir 16,6%, com US$ 10,617 bilhões.
Minas Gerais e Pará ainda lideram a atração de investimentos, com 30,6% e 28%, respectivamente. A lista continua com Bahia (16,1%), seguida por Amazonas (5%), Goiás (4,2%), Ceará (3,1%), Rio de Janeiro (2,7%), Mato Grosso (2,4%) e Piauí (2,2%). Dados do Ibram apontam que o minério de ferro, cobre, níquel, bauxita, terras raras e lítio como os principais minerais que mais vão ganhar espaço nos próximos anos, com ampla liderança do minério de ferro, que receberá US$ 17,2 bilhões.
Petróleo tem leve queda em dia de corte de juros nos EUA
Os preços do petróleo caíram ontem (18/9), após o Banco Central dos Estados Unidos (FED, na sigla em inglês) cortar a taxa de juros em 0,5%. O corte foi maior do que as expectativas do mercado, que previam uma redução de 0,25%.
O barril tipo Brent fechou o dia negociado a US$ 73,65, uma queda de 0,06% e de US$ 0,05 por barril. O WTI fechou em US$ 70,91, com perdas de 0,39% e de US$ 0,28.
Conforme análise do Goldman Sachs, contribuíram para a queda nas cotações o aumento da produção na Rússia e maior acúmulo de estoques de petróleo bruto pelo país, além da queda na demanda e na produção industrial na China, assim como os dados de vendas no varejo chinês abaixo das expectativas. (Agência Eixos)
Claro tem 75% do consumo de energia atendido por fontes renováveis
A Claro anunciou o início das operações de sua 100ª usina solar na modalidade de geração distribuída no Brasil, alcançando a marca de mais de 800 mil painéis instalados em diversos estados brasileiros. Combinando esse avanço com os contratos no mercado livre de energia, a empresa já atende 75% de seu consumo elétrico com fontes renováveis. (Canal Solar)
PANORAMA DA MÍDIA
Folha de S. Paulo: O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou ontem (18/9) a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano, na primeira alta feita durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O Globo: Em comunicado, o BC deixou claro que iniciou um ciclo de alta de juros, mas não quis se comprometer com o ritmo de aumento nem com a magnitude total do ajuste, abrindo a porta para novas altas. A próxima reunião será em novembro.
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Valor Econômico: O tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixou alguns economistas intrigados com o desfecho: uma alta de apenas 0,25 ponto e não de 0,50 ponto percentual. Na visão de participantes do mercado ouvidos pelo Valor, o comunicado da decisão mostrou um BC preocupado com o ritmo forte da atividade econômica e com a desancoragem das expectativas inflacionárias, sinalizações que poderiam apontar para um aumento mais forte da taxa Selic já na decisão de ontem (18/9).
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O Estado de S. Paulo: O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, cortou a taxa dos Fed Funds em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual), para a faixa entre 4,75% a 5,00% ao ano, em comunicado divulgado às 15h desta quarta-feira, 18. A decisão, por 11 votos a 1, leva à primeira queda no juro americano desde 2020, ano em que se iniciou a pandemia de covid.