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Altas temperaturas e indústria elevam consumo em 2,1% em agosto, diz CCEE

Termômetro de rua em São Paulo marca 36ºC
Altas temperaturas contribuíram para aumento na carga | Agência Brasil

A carga no Brasil em agosto de 2024 foi de 67.584 MW médios, o que representa uma alta de 2,1% na comparação anual. No mercado livre, o aumento foi de 4%. Desde o início deste ano, todos os consumidores de alta tensão podem pedir a migração para o mercado livre. Ainda assim, o mercado regulado também apresentou crescimento, de 0,8% na base anual.

Os números são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que acompanha o mercado ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) – portanto, não considera o sistema isolado de Roraima.

Segundo a CCEE, o resultado é reflexo do bom desempenho de indústrias como a extração de minerais, a metalurgia e a produção de manufaturados diversos. Também há influência do maior uso de aparelhos de ar-condicionado diante das temperaturas mais altas e das poucas chuvas na região Sul e em estados como Goiás, Amazonas e Pará.

Entre os 15 setores industriais acompanhados pela CCEE, as maiores altas se concentraram em ramos como extração de materiais metálicos (+10,4%), saneamento (+7,7%), madeira papel e celulose (+6,7%) e manufaturados diversos (+5,7%). Registraram declínio os setores de telecomunicações (-4,3%) e a indústria têxtil (-1,3%).

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Considerando as regiões, houve aumento na carga em 16 estados, com destaque para o Espírito Santo (+10,2%), Maranhão (+8,6%) e Rio Grande do Sul (+7,4%), com as maiores taxas de aumento. As reduções no consumo ocorreram nos estados da região Centro-Oeste, Rondônia, Acre, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio de Janeiro, com as maiores reduções no Acre (-9,3%), Mato Grosso (-7,6%) e Piauí (-4,9%).

Geração de energia e exportação

Na oferta, a geração hídrica alcançou 39.878 MW médios, o que representou uma redução de 10% na comparação anual. Todas as demais fontes apresentaram aumento: na eólica, o crescimento foi de 29,1%, a 16.133 MW médios; na solar, houve aumento de 32,7%, com geração de 3.420 MW médios; e geração térmica avançou 23,3% no ano, a 11.933 MW médios.

Em agosto de 2024, foram exportados 948 MW médios para a Argentina, contra 245 MW médios em 2023.