O Brasil tem potencial para aumentar sua capacidade de geração de energia a partir de hidrelétricas em 86,4 GW (gigawatts). Trata-se de um ganho de 79% ante a potência instalada atual, de 109 GW. A projeção é da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abragel). Esse potencial inclui a ampliação e modernização das centrais hidrelétricas atuais, além da viabilização ambiental de novas construções que estão em estudo e da adoção do modelo de usinas reversíveis no país. Só com o aprimoramento das geradoras existentes, seria possível uma adição de 18,4 GW de capacidade. (Poder 360)
Área técnica da Aneel sugere rejeição do plano dos irmãos Batista de assumir Amazonas Energia
A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendou a rejeição do plano da Âmbar Energia, empresa do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, de assumir a Amazonas Energia, distribuidora do estado.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que a recomendação vai na contramão de uma decisão judicial que obrigou a Aneel a transferir o controle da companhia para os irmãos Batista e do interesse do governo Lula de finalizar o processo com a transferência.
A Âmbar reiterou nota emitida na segunda-feira, 23, em que defende o plano apresentado. A empresa argumentou que demonstrou, na proposta protocolada na Aneel, “sua capacidade técnica e econômica para adequar o serviço de distribuição e contém as condições necessárias para reverter a histórica inviabilidade econômica da distribuidora”. O Ministério de Minas e Energia afirmou que não cabe à pasta se manifestar no momento por ser um processo em análise na Aneel. A Amazonas Energia não comentou.
A análise foi elaborada no âmbito do processo que analisa o plano de transferência da Amazonas Energia após uma consulta pública. A Aneel diz que vai cumprir a decisão judicial, independentemente da conclusão técnica. A agência se prepara, porém, para recorrer da determinação da Justiça e seguir com o processo de avaliação da concessão até a próxima semana.
Amazonas: J&F pede direito de repassar R$ 16 bilhões para as tarifas, mas Aneel sugere R$ 8 bilhões
A Agência Infra informa que a J&F, holding que abarca os negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista, pede flexibilizações de R$ 15,8 bilhões no plano apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para assumir o controle da Amazonas Energia. O valor seria o custo a ser rateado pelos consumidores brasileiros ao longo de 15 anos na Conta Consumo de Combustíveis (CCC).
No entanto, as áreas técnicas da agência sugerem que o total suportado pela CCC seria de aproximadamente R$ 8,04 bilhões em 15 anos, prazo que abrangeria três ciclos tarifários. Os números constam na NT (Nota Técnica)167/2024.
“A principal diferença entre a flexibilização proposta nesta nota técnica e a do plano de transferência está nos custos operacionais. O plano de transferência solicita a manutenção dos valores de custos operacionais que vigoraram até a RTP de maio de 2024, de R$ 951 milhões anuais, para os três ciclos. Entretanto, em 2023, os custos operacionais incorridos pela Amazonas Energia foram de R$ 721 milhões”, diz o documento. As flexibilizações incluem os parâmetros de perdas não técnicas, receitas irrecuperáveis e custos operacionais.
ONS disponibiliza estudo com avaliação sobre o horário de verão
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está disponibilizando a nota técnica relativa à avaliação sobre o horário de verão. O estudo foi apresentado ao Ministério de Minas e Energia (MME), em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), na última quinta-feira (19/9), na sede do Operador, no Rio de Janeiro.
As indicações do ONS são de que, no cenário atual, o horário de verão contribui para a maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), em especial no atendimento à ponta de carga no horário noturno, período entre 18h e 20h, quando o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída (MMGD) e do aumento da demanda por energia.
Ainda de acordo com o relatório do Operador, a aplicação do horário de verão, em cenários de afluências críticas, poderá trazer redução de até 2,9% da demanda máxima. A medida traz uma economia no custo da operação próxima a R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. (ONS)
Petrobras vê petróleo incerto e diz que não antecipa decisões sobre preço da gasolina
O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, afirmou ontem (24/9) que o mercado internacional de petróleo ainda registra grande volatilidade, em uma indicação de que a companhia não planeja mudanças nos preços dos combustíveis.
Ele afirmou ainda que decisões sobre reajustes são técnicas, em resposta a notícias divulgadas na semana passada sobre cortes na gasolina para ajudar a conter pressões inflacionárias e segurar as taxas de juros. (Folha de S. Paulo)
Produção mundial de aço bruto cai 6,5% em agosto, para 144,8 milhões de toneladas, diz WSA
A produção mundial de aço bruto diminuiu 6,5% em agosto, para 144,8 milhões de toneladas, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês). A entidade reporta dados de 71 países que representavam aproximadamente 98% da produção mundial de aço bruto global em 2023.
A China seguiu como o maior produtor mundial no período, com 77,9 milhões de toneladas, o que representa uma queda anual de 10,4%, seguido por India (+2,6%, a 12,3 milhões de toneladas), Estados Unidos (+0,7%, a 7,0 milhões de toneladas), Japão (-3,9%, a 6,9 milhões de toneladas) e Rússia (-11,5%, a 5,8 milhões de toneladas).
O Brasil aparece na nona posição, com aumento de 7,3% na produção de aço em agosto em relação ao mesmo período do ano passado, para 3,0 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a agosto, a produção mundial de aço está 1,5% menor que a observada no mesmo intervalo de 2023, em 1,25 bilhão de toneladas. As informações foram publicadas pela Agência CMA.
WEG pagará R$ 293,9 em JCP
O portal InfoMoney informa que o conselho de administração da WEG declarou juros sobre capital próprio (JCP) no valor total de cerca de R$ 293,9 milhões.
O montante é correspondente a R$ 0,070058824 por ação, aos titulares de ações escriturais em 27 de setembro de 2024. Com isso, de 30 de setembro de 2024 em diante, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”.
O pagamento de JCP ocorrerá em 12 de março de 2025 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,05955 por ação, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O Comitê de Política Monetária (Copom) adotou um tom duro na ata da reunião da semana passada, traçando um cenário marcado por expectativas de inflação desancoradas, índices de preços correntes superiores à meta e um crescimento da economia acima de sua capacidade. Embora sem indicar os próximos passos para os juros, o documento divulgado ontem (24/9) reforçou a avaliação no mercado de que o Banco Central (BC) vai acelerar o ritmo de alta da Selic de 0,25 para 0,5 ponto percentual no próximo encontro. Ganhou peso a aposta de que a taxa subirá de 10,75% para 11,25% ao ano em novembro.
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Os gastos de beneficiários do Bolsa Família com bets é destaque, hoje (25/9), na mídia. Os beneficiários do Bolsa Família que fazem apostas esportivas online gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix no mês de agosto, segundo análise técnica feita pelo Banco Central. O montante destinado às empresas de apostas corresponde a 20% do valor total repassado pelo programa no mês. (Folha de S. Paulo)
O valor mediano transferido por beneficiário é de R$ 100. Entre os apostadores, 70% são chefes de família – ou seja, aqueles que de fato recebem o benefício – e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets. O Banco Central utilizou para a pesquisa o número de cadastrados de dezembro de 2023, dentre os quais 17% apostaram. (O Estado de S. Paulo)
A nota considera todos os tipos de apostas: aquelas em que há uma aposta baseada em um evento real (como uma partida de futebol) e os cassinos on-line, que são jogos de azar. As duas modalidades estão passando por um processo de regulamentação no país. (O Globo)