A Arauco anunciou nesta quarta-feira, 25 de setembro, a construção de sua primeira fábrica de celulose branqueada no Brasil, na cidade de Inocência, no Mato Grosso do Sul. Chamado de Projeto Sucuriú, a instalação contará com US$ 4,6 bilhões em investimentos, terá uma capacidade de produção anual de cerca de 3,5 milhões de toneladas de celulose e deve gerar mais de 400 MW de eletricidade.
Segundo a empresa, além das áreas usuais para fabricação de celulose, o complexo contará com uma planta de gaseificação que gerará biocombustível para abastecer os fornos de cal da operação, em substituição ao uso de combustíveis fósseis. Contará também com uma caldeira de recuperação química do setor e uma caldeira de biomassa, responsável por gerar energia a partir do reaproveitamento de resíduos de processo, sob uma lógica de economia circular.
Os processos devem gerar os 400 MW de eletricidade, dos quais cerca de 200 MW serão utilizados para o consumo interno da unidade industrial, enquanto o excedente será disponibilizado para a Sistema Interligado Nacional, sendo suficiente para abastecer uma cidade de mais de 800 mil habitantes.
A expectativa é que a fábrica esteja operacional no último trimestre de 2027, mas a empresa ressaltou que a data pode estar sujeita a mudanças e eventuais adiamentos que possam ser necessários durante o desenvolvimento do projeto, que já está em fase de terraplanagem.
A empresa finlandesa Valmet será a principal fornecedora de tecnologia e equipamentos para a instalação da unidade. O acordo entre as empresas inclui sistemas automatizados projetados para maximizar a eficiência energética, reduzir custos operacionais, otimizar o desempenho e minimizar a geração de resíduos e emissões de gases de efeito estufa.
“Essa é uma importante e decisiva etapa do Projeto Sucuriú, que contará com tecnologias em automação e eficiência ambiental. É o maior projeto de produção de celulose do mundo implantado em etapa única”, diz em nota o presidente da Arauco do Brasil, Carlos Altimiras.
A projeção é que o Projeto Sucuriú gere cerca de 14 mil empregos no pico da construção, de forma escalonada.