A Petrobras avalia reabrir um poço fechado no campo de Roncador, na Bacia de Campos, que está em produção desde 1999.
“Nós estamos rejuvenescendo o campo de Roncador. É um campo de óleo, ninguém tem dúvida nenhuma. Ele tem um único poço fechado que nós identificamos que pode produzir sozinho 1,7 milhão de m³ por dia de gás”, disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, na ROG.e (antiga Rio Oil & Gas) nesta quinta-feira, 26 de setembro.
Segundo a executiva, o poço deve entrar em produção em 2025 e há infraestrutura para trazer o gás à costa. Atualmente, a produção de Roncador é escoada para a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB).
Ela reconheceu que o gás tem “um componente regional muito forte” relacionado à infraestrutura de escoamento e transporte. “A gente não consegue exportar, em termos de liquefação e regaseificação, todo o gás do Brasil. Então, o gás ainda tem um componente regional forte associado aos gasodutos”, disse.
Apesar disso, Chambriard declarou que a empresa espera colocar mais gás no mercado, o que tende a reduzir o preço da molécula, e ganhar na escala. “Não adianta a gente ganhar muito numa molécula só. Nós queremos ganhar na escala, nós queremos fazer dinheiro”, disse.
“Empatia” com preços de combustíveis
A presidente da Petrobras também comentou a política de preços de combustíveis da companhia, que teria também um fator social.
“A Petrobras tem empatia pela sociedade brasileira. Nós estamos comprometidos com o desenvolvimento da empresa num contexto de desenvolvimento social da empresa. Toda vez que a gente entender que é possível reduzir o preço, nós vamos fazer”, disse.
Chambriard também comentou sobre a perda de market share pela companhia. A redução foi observada no segundo trimestre de 2024. “Se nós já estamos até perdendo levemente o espaço de mercado, como é que eu vou aumentar o preço de combustível?”, perguntou.
Petrobras reduz preço do QAV
Após a declaração de Magda Chambriard, a Petrobras anunciou novos preços de venda de querosene de aviação (QAV) para as distribuidoras, que terá redução de 9,1% a partir de 1º de outubro, o que corresponde a um decréscimo aproximado de R$ 0,34 por litro.
Segundo a estatal, em 2024, há uma redução acumulada de 16,4% no preço do QAV, o que representa um decréscimo médio de R$ 0,67 por litro em relação ao preço de dezembro de 2023. No comparativo desde dezembro de 2022, houve uma redução acumulada de 32,8%, o que equivale a um decréscimo de R$ 1,66 por litro, diz a Petrobras.