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À medida que o Brasil avança na transição energética, a integração de fontes renováveis, a eletrificação de processos industriais e o crescimento da demanda por energia elétrica impõem uma série de desafios adicionais. A resiliência das redes é um tema essencial neste contexto, e a inovação e a aplicação de novas tecnologias em transmissão são fundamentais não apenas para atendimento da demanda, mas também para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
A busca por novas soluções que garantam flexibilidade, robustez, redundância e resiliência estão em um ponto de inflexão, onde o custo precisa ser equilibrado com os benefícios futuros e o impacto social positivo que essas inovações podem trazer.
“Quanto mais resiliente for o sistema, melhor. Quanto menor a pegada de carbono, melhor. Quanto mais confiável, melhor. E tudo isso, quanto mais inovador, melhor. Mas e o custo? Essa é a pergunta que tem que vir acompanhada da proposta”, disse Guilherme Zanetti Rosa, diretor de Planejamento e Outorgas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Interligações Internacionais do Ministério de Minas e Energia (MME).
Zanetti e outros executivos participaram de evento promovido pela MegaWhat em parceria com a ISA Cteep, que reuniu especialistas do setor para debater o tema “Presente e futuro da transmissão de energia: Como o setor colabora para a mitigação das mudanças climáticas?”.
Segundo Claudio Domingorena, diretor-executivo de Regulação, Estratégia e Inovação da ISA Cteep, a análise de menor custo global precisa ser ampliada para considerar não apenas o impacto financeiro imediato, mas também o custo-efetividade das soluções, considerando elementos estratégicos como benefícios socioambientais gerados, a necessidade de reinvestimento futuro e as vantagens de testar e dominar novas tecnologias.
“A inovação, muitas vezes, fica para trás porque, ao olhar apenas o aspecto financeiro, seu custo pode parecer elevado. No entanto, se ampliarmos essa análise para incluir outros fatores, como a sustentabilidade e a resiliência da rede frente às ameaças futuras, a inovação se torna não apenas viável, mas essencial”, afirmou Domingorena.
Motor da inovação e a velocidade das mudanças
Os especialistas destacaram como a transição energética oferece a oportunidade única para repensar o papel da transmissão e garantir que ela seja um motor de inovação e sustentabilidade para as próximas décadas. Outro ponto central da discussão foi a necessidade de acelerar a experimentação tecnológica no setor de transmissão.
Domingorena sugeriu a criação de uma espécie de “fast pass” para projetos de inovação, que permitiria testar e implementar novas tecnologias de forma mais ágil, evitando os longos processos regulatórios que podem dificultar esses avanços.
Um exemplo prático dessa abordagem foi o projeto da ISA Cteep de instalar um banco de baterias em sua subestação de Registro, no interior de São Paulo, implementada por meio de um programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A solução viabilizou o reforço do suprimento de energia no litoral durante o verão e evitou a necessidade de acionamento de geradores a diesel.
“A gente tinha uma questão específica sobre a região. Tinha uma solução de custo global. A ISA Cteep tinha uma solução estudada, interessante, que deu um ‘match’ de prazo e custo”, disse Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo ele, da mesma forma como essa solução foi viabilizada com baterias, outras tecnologias podem ser adequadas a outros problemas do setor.
De acordo com o presidente da EPE, a solução das baterias foi inovadora, mas é uma tecnologia já consolidada no mercado global. Esse tipo de inovação, para Thiago Prado, deve ganhar espaço nas concessões de transmissão que vencem nos próximos anos, que serão relicitadas ou renovadas.
A ‘porta de entrada’ da inovação
Tecnologias ainda não testadas no Brasil, embora por vezes já conhecidas em outros países, têm dificuldade de achar uma “porta de entrada” no mercado. “Mas como trazer isso para um modelo de negócio que é extremamente regulado? O incentivo para você trazer inovação é baixíssimo e faz parte do negócio. Então, como criar um ambiente seguro em que você tenha prêmio e risco?”, questionou Prado. A resposta pode estar tanto nos programas de P&D e Eficiência Energética quanto nos sandboxes, ambientes experimentais explorados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para testar novas tecnologias.
De acordo com Tili, a Aneel não é um empecilho à inovação, mesmo quando a regulação não anda na mesma velocidade que os avanços tecnológicos. “A Aneel está de portas abertas para a inovação. Queremos ser parceiros das empresas na promoção de soluções que beneficiem o setor e os consumidores”, declarou.
*Conteúdo oferecido pela ISA Cteep