A Eletronuclear reduziu a potência da usina nuclear Angra 1, de 642 MWe para 22 MWe, após queimadas ocorridas no Rio de Janeiro causarem o desligamento automático de linhas de transmissão da Eletrobras.
O evento ocorreu nesta quarta-feira, 2 de outubro, por volta das 10h08 devido à abertura dos disjuntores de saída para as linhas de transmissão de 500kV, causando uma paralisação do escoamento da geração da usina e gerando a diminuição da potência, visando alimentar os barramentos auxiliares de operações e segurança da planta nuclear.
Segundo a Eletrobras, as linhas atingidas ligam a cidade de Angra dos Reis à Zona Oeste do estado (LT 500 kV Angra / Zona Oeste) e à cidade de Nova Iguaçu (LT 500 kV Angra / Nova Iguaçu). Às 11h09, após a normalização das linhas de transmissão, foi iniciada a subida de potência da usina Angra 1. Esse processo leva, em média, 24 horas para atingir 100% de carga.
“Em virtude de queimadas ocorridas no estado do Rio de Janeiro, as linhas de transmissão que ligam a cidade de Angra dos Reis à Zona Oeste do Rio de Janeiro e à cidade de Nova Iguaçu foram automaticamente desligadas pelo correto funcionamento dos equipamentos de proteção. As linhas foram religadas em oito minutos e não houve nenhuma perda de carga ou impacto no fornecimento para consumidores”, diz nota da Eletrobras.
Já a Eletronuclear pontou que o evento não teve consequências para a segurança da usina, o meio ambiente, os trabalhadores e a população.
Queimadas na transmissão
De janeiro a agosto deste ano, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou 210 perturbações em linhas de transmissão da rede básica provocadas por queimadas, sendo 174 delas apenas no mês de agosto.