Solar

BNDES libera R$ 600 milhões para expansão de Janaúba, da Elera 

Expectativa é que o complexo Solar Irapuru seja concluído no primeiro semestre de 2025

Complexo Janaúba/ Divulgação Elera
Complexo Janaúba - Divulgação Elera

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 600 milhões para o complexo Solar Irapuru, que possui sete parques com capacidade instalada de 422 MWp, a ser instalado no Norte de Minas. O projeto irá complementar o complexo Solar Janaúba, localizado também no estado, elevando sua capacidade instalada para 1,6 GWp – suficiente para abastecer 1,9 milhão de residências.

As duas plantas são de titularidade da Elera Renováveis, do grupo Brookfield. No momento, o complexo Janaúba tem 1.020 MW de capacidade instalada, sendo o maior em operação no comercial no Brasil.

Segundo o BNDES, o valor liberado corresponde a aproximadamente 50% do total do investimento necessário para o parque e ocorrerá com recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (R$ 400 milhões) e do Finem (R$ 200 milhões).

A expectativa é que o complexo Solar Irapuru seja concluído no primeiro semestre de 2025. Irapuru contará com 800 hectares para instalação de 750 mil módulos solares bifaciais, e contempla também a implantação de um transformador no sistema de transmissão de uso restrito e compartilhado com Janaúba.

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Atualmente, o projeto está com aproximadamente 70% de avanço físico, envolvendo 1.000 empregos diretos e 4.000 indiretos.

“A aprovação deste financiamento pelo BNDES é um marco significativo na nossa trajetória de apoio à transição energética do Brasil. Este projeto não só aumenta a capacidade instalada do maior complexo solar da América Latina, mas também reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a geração de empregos”, falou Marcio Calux, CFO da Elera Renováveis. 

Expansão de Janaúba

Em janeiro, a Brookfield anunciou cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos adicionais para a expansão de 422 MWp do complexo Solar Janaúba.

Segundo a Elera Renováveis, investida da gestora canadense e dona do complexo, quase 50% da energia da expansão já tinha sido comercializada no mercado livre, e havia negociações avançadas para alcançar 70% de sua capacidade comercializada, também com contratos enquadrados na modalidade de autoprodução.

Na época, a Elera disse que seriam implementados mais 700 mil módulos solares na ampliação do parque, totalizando 2,9 milhões de módulos para a geração, numa área de mais de 800 hectares.

Autoprodução em Irapuru

Sete meses depois do anúncio, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e a Irapuru Holding, responsável pelo complexo, criaram uma joint venture para exploração compartilhada das UFVs Irapuru IV, V e VI, num total de 144,3 MW.

Os empreendimentos atenderam parte da demanda energética da Corsan no regime de autoprodução de energia. 

Por sua vez, a Minerva comprou 98% das ações ordinárias da UFV Irapuru II, de 48,1 MW, por R$ 20 milhões. A conclusão da operação, já aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), continua sujeita a condições precedentes previstas em contrato.

Em informe divulgado, a exportadora de carne bovina destacou que o objetivo do acordo é o abastecimento de parte do consumo de nove plantas suas no Brasil, sob o regime de autoprodução.