O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou nesta semana R$ 1,26 bilhão em recursos para projetos relacionados a sustentabilidade. Nesta quinta-feira, 17 de outubro, o banco aprovou financiamento de R$ 257,9 milhões para a Acelen implantar um centro de inovação tecnológica focado em pesquisa e desenvolvimento da macaúba, planta nativa brasileira de alto poder energético.
A unidade, batizada de Acelen Agripark, faz parte de um projeto integrado da empresa para produção de diesel renovávele combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) baseado no desenvolvimento da macaúba, incluindo a sua domesticação e o cultivo em terras degradadas. Segundo o BNDES, este é o seu primeiro financiamento voltado ao desenvolvimento de SAF.
“Ao financiar o primeiro projeto de SAF no Brasil, o BNDES, no governo do presidente Lula, mantém sua contribuição relevante para transição energética, incentivando iniciativas que tenham impacto social, ambiental e desenvolvimento tecnológico”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Com recursos do Programa BNDES Mais Inovação, a operação visa aumentar a produtividade e a competitividade do setor, que possui potencial exportador.
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Etanol de milho
Nesta semana, o banco também autorizou um financiamento de R$ 500 milhões para a Coamo Agroindustrial Cooperativa construir uma planta para a produção de etanol de milho na cidade de Campo Mourão, no Paraná.
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Segundo o BNDES, de janeiro a outubro de 2024, as suas aprovações de crédito para o setor de biocombustíveis somaram R$ 3,9 bilhões, a segunda maior da série histórica, iniciada em 2005. O recorde de aprovações de R$ 4,5 bilhões, obtido no ano de 2010.
Financiamento de carro voador
O BNDES ainda aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões para a Eve Air Mobility (Eve) desenvolver a unidade de produção do eVTOL (carro voador). Com recursos do programa BNDES Mais Inovação, a unidade será instalada em Taubaté, no estado de São Paulo.
Com uma produção total esperada de até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.
“Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção de eVTOL, que não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também será alimentada por energia limpa e renovável, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade”, disse Johann Bordais, CEO da Eve.
