Hidrogênio

Proquigel solicita nova licença para equipamentos de planta de hidrogênio verde

Empresa do grupo Unigel, que está em recuperação extrajudicial, acredita que projeto de hidrogênio verde poderá ser restabelecido

Sede da Unigel na Bahia
Sede da Unigel na Bahia | Divulgação

A Proquigel, empresa do grupo Unigel, solicitou à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a renovação da licença especial para que os equipamentos para sua planta de hidrogênio verde possam continuar sendo armazenados no Terminal Marítimo de Ureia (TMU) do Porto de Aratu, na Bahia. Em sua argumentação, a empresa afirma que a licença possibilitará a “continuidade do projeto concebido pela Proquigel, apesar das suas atuais condições econômico-financeiras”.

Os equipamentos estão armazenados no Porto de Aratu desde que chegaram ao Brasil, mas ainda não passaram pelo desembaraço alfandegário. Segundo a Proquigel, além de possibilitar a posterior concretização da planta de hidrogênio, a renovação da licença evitaria mais custos para o Grupo Unigel. De acordo com a solicitação submetida à Antaq, o desembaraço alfandegário demandaria o pagamento de R$ 2,9 milhões em impostos. Outras alternativas, como a mudança de porto alfandegado, também imporiam custos adicionais para transporte.

Assim, a empresa solicita a renovação da licença especial para armazenamento por mais 180 dias a partir de 1º de dezembro, visto que a atual autorização expira em 30 de novembro.

Sobre o projeto de hidrogênio e amônia verdes da Unigel / Proquigel

A Unigel anunciou em 2022 seu projeto de planta de hidrogênio e amônia verdes, a um custo inicial de US$ 120 milhões. A produção começaria em 2023, com 10 mil toneladas de hidrogênio verde e de 60 mil toneladas de amônia verde por ano, o que faria da instalação a primeira planta de hidrogênio e amônia verdes do país.

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Entretanto, no fim de 2022 o Grupo Unigel começou a entrar em crise econômica. Segundo a petição submetida à Antaq e outras manifestações da Unigel, a situação se originou em função do aumento no preço do gás natural e da queda nos preços de produtos petroquímicos no mercado internacional.

Em 2024, o grupo entrou em recuperação extrajudicial com dívidas de R$ 4,1 bilhões.