A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária responsável pelo fornecimento de gás canalizado no estado, anunciou que, entre janeiro e setembro de 2024, o volume de gás enviado para termelétricas no estado aumentou 7,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No total, 4,5 milhões de m³ de gás natural foram enviados às usinas para geração de energia.
O combustível é fornecido pela Cigás para termelétricas instaladas nos municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Coari, Codajás e Manaus.
Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) relativos a agosto levantados pela Cigás, no Amazonas, o gás natural representa 84,86% da matriz energética de geração de energia elétrica. No Brasil, a proporção foi de 5,3% em 2023, de acordo com o Boletim Energético Nacional (BEM) 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em junho de 2024, a Eletrobras vendeu 12 usinas térmicas e uma em implantação para a Âmbar Energia, em um negócio de R$ 4,7 bilhões. Deste total, 11 usinas estão no Amazonas e uma no Rio de Janeiro. O negócio representou uma redução nos riscos para a Eletrobras, já que a maioria das usinas no Amazonas tinha contrato de fornecimento com a Amazonas Energia, que é deficitária e desde novembro de 2023 não paga pela energia tomada dos geradores. Em outubro, a Âmbar concluiu o processo de transferência para assumir o controle da Amazonas Energia.
A Cigás tem 83% de seu capital social detido pela Manausgás, do empresário Carlos Suarez, conhecido como “rei do gás”. Outros 17% são do governo do estado do Amazonas.
Outros segmentos
A Cigás também informou que o consumo do segmento industrial aumentou 9,1% nos nove primeiros meses do ano, a 191 mil m³ de gás por dia. “Hoje, a Cigás tem 77 unidades consumidoras contratadas deste segmento, entre as quais, grandes empresas do Polo Industrial de Manaus, como Moto Honda, Yamaha, PCE, Caloi, Coca-Cola, Metalfino e Ambev”, diz nota da empresa.
No setor comercial, que abrange hospitais, supermercados, shopping centers, padarias e outros estabelecimentos, o consumo aumentou 16,6%, a um volume médio de 6,4 mil m³ de gás por dia.
O segmento residencial teve consumo de 4,1 mil m³ por dia no período, com acréscimo de 46,3% frente ao período de janeiro a setembro de 2023.
A demanda para gás natural veicular (GNV) foi de 23,6 mil m³ por dia, com disponibilidade em sete postos.
No total, entre janeiro e setembro de 2024 a Cigás forneceu 5,4 milhões de m³ de gás por dia, com avanço de 7,6% na base anual.