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Vibra adota estratégia de encerrar contratos menos vantajosos

Companhia encerrou parceria com grande rede de postos e se diz pronta para “tomar outras decisões deste porte”

Tanque com a marca da Vibra
Vibra Energia: aumento em mais de 200% no lucro do trimestre

A Vibra Energia se diz pronta para encerrar contratos menos vantajosos para proteger a rentabilidade da companhia, ainda que isso signifique um menor avanço do market share. Em teleconferência com acionistas sobre o resultado da companhia no terceiro trimestre, o presidente da companhia, Ernesto Pousada, e o diretor financeiro da Vibra, Augusto Ribeiro, comentaram sobre a saída de uma grande rede de postos de serviço.

Segundo Ribeiro, a decisão partiu da Vibra. O executivo reconhece que a medida afetou o market share da companhia, que teria crescido um pouco em rede de postos, mas a avaliação é que a estratégia cumpriu seu objetivo.

“Super incrementalmente, ele tem até uma melhora unitária da minha margem. E nós estamos prontos para tomar outras decisões desse nível quando encontrarmos clientes que não façam sentido a gente seguir”, informou Ernesto Pousada. O presidente da Vibra avalia que o negócio da empresa “não tem uma grande dependência de um ou outro cliente”.

Assim, a Vibra deve seguir buscando valorizar as margens e avançando em mercados como agronegócio e mais embandeiramentos vantajosos para a empresa, áreas que devem receber mais investimentos em 2025 em comparação com 2024.

Comerc

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No terceiro trimestre de 2024, a Comerc registrou lucro bruto corrente de R$ 286 milhões, com crescimento de R$ 70,4% na comparação anual. O resultado foi considerado “robusto” pela diretoria da Vibra. Entre os fatores que contribuíram para o desempenho, está a safra dos ventos que aumentou a geração eólica, a entrada em operação de novos ativos e a venda da usina de Coromandel.

A Vibra se prepara para a conclusão da aquisição do restante da Comerc, prevista para janeiro de 2025. Na operação, a companhia espera capturar sinergias financeiras. A conclusão também deve marcar o desembolso do valor da operação, de R$ 3,5 bilhões, o que deve aumentar a alavancagem da Vibra.

Como negócio rentável, a Comerc está alinhada à visão da Vibra para transição energética: “Não vamos fazer transição energética por fazer transição energética. Nosso objetivo é buscar oportunidades que tenham o nível de retorno esperado. Não temos mandato, nosso mandato é retorno sobre capital investido”, declarou Pousada na teleconferência.

Resultados

No terceiro trimestre de 2024, a Vibra Energia registrou lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, o que representou um aumento de 234,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de vendas foi de 9,3 milhões de m³, com redução de 0,3% na base anual. A companhia encerrou o trimestre com 8,023 postos de serviços, contra 8.383 há um ano.

A Comerc gerou 706,8 GWh em geração centralizada solar no trimestre, com aumento de 84% em relação ao ano anterior. O curtailment observado no período foi de 10,3% da geração. Na geração eólica, o curtiailment foi de 10,3% no trimestre, o que foi equivalente a 81 GWh.

Em geração distribuída, a Comerc atingiu a produção de 107 GWh no trimestre, com crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2023.

No período, foram transacionados pela Comerc 6.612,4 GWh, um crescimento de 2,4% com relação ao terceiro trimestre de 2023.