Dias após anunciar o investimento de US$ 60 milhões na construção de uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) na Bahia, a PetroReconcavo avança em soluções logísticas, desta vez para petróleo, com a assinatura de acordos com a Ultracargo, a Shell e o Porto de Pecém com a Terminais Marítimos do Brasil.
As parcerias têm como objetivo desenvolver a logística de escoamento, armazenagem e comercialização do petróleo produzido pela PetroReconcavo, e foram firmadas por meio de memorandos de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com cada parceiro.
Com a Ultracargo, a PetroReconcavo pretende aprimorar o escoamento do petróleo produzido nos Polos Bahia e Potiguar, usando os portos de Aratu, na Bahia, e Suape, em Pernambuco. “O escoamento por meio do Porto de Aratu é um destaque pela localização estratégica próxima aos campos operados pela companhia, facilitando a logística de curto prazo e permitindo buscar alternativas definitivas para o escoamento da produção”, avalia em nota a PetroReconcavo.
A companhia também pretende escoar seu petróleo pelo Pecém, no Ceará, por duas estratégias. A primeira é temporária e busca uma solução de curto prazo para escoamento e comercialização do petróleo por via aquaviária. Paralelamente, a PetroReconcavo pretende desenvolver soluções definitivas de tancagem para armazenamento e conexão à infraestrutura portuária no Pecém.
Este acordo foi firmado com a Terminais Marítimos do Brasil, pertencente ao grupo Dislub Equador, e com a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Segundo a PetroReconcavo, a parceria possibilitará o aproveitamento da expertise da Dislub para a movimentação de granéis líquidos, e a infraestrutura do Porto do Pecém para a operação de comercialização via modal aquaviário.
A terceira parceria, com a Shell, busca ampliar o horizonte do mercado de comercialização de petróleo da PetroReconcavo, tanto no âmbito doméstico quanto internacional. Por meio de estudos amostrais do petróleo, as empresas buscarão os melhores mercados para a comercialização do óleo, bem como o desenvolvimento das melhores rotas e estratégias logísticas.
“Essas parcerias estratégicas são fundamentais na nossa estratégia de aumento da resiliência operacional, além de nos permitirem otimizar nossa infraestrutura e ampliar as oportunidades de mercado. Temos um desafio de garantir as rotas de escoamento, armazenamento e comercialização da nossa produção de petróleo, permitindo que continuemos nosso programa de desenvolvimento de produção que tem sido marcado por um histórico de solidez e crescimento sustentado”, declarou em nota o vice-presidente Comercial e de Novos Negócios da PetroReconcavo, João Vitor Moreira.
A busca por melhorias no escoamento da produção tem sido um objetivo declarado do presidente da PetroReconcavo, José Firmo. Em 2023, a companhia precisou restringir produção em função de problemas com a UPGN Guamaré, que a 3R Petroleum compartilha com a PetroReconcavo. “Considero absolutamente mandatório que nosso plano de capex esteja acompanhado de um plano de contingência e resiliência de escoamento”, disse Firmo no começo deste ano.