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Emae tem queda no lucro e suspensão da geração na hidrelétrica Porto Góes

Em primeiro balanço de resultados depois da aprovação da transferência do controle societário, a empresa teve redução de 8,3%

Hidrelétrica Porto Góes | Emae (Divulgação)
Hidrelétrica Porto Góes | Emae (Divulgação)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu nesta semana a operação comercial da unidade geradora UG1, de 5,5 MW, da UHE Porto Góes (24,8 MW), outorgada à Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae). O projeto está localizado em trecho do rio Tietê no município de Salto, no estado de São Paulo.

Em meados de fevereiro, a turbina se encontrava fora de operação devido ao excesso de lixo nas grades. Paralisada para limpeza, a operação seguiu suspensa depois da verificação de uma falha no regulador de velocidade, seguida pela identificação de um ruído no mancal guia superior do gerador.

O início do retorno era previsto inicialmente para abril, porém o prazo foi postergado duas vezes, sendo o último esperado para 20 de dezembro deste ano.

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Resultados do terceiro trimestre

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Em seu primeiro balanço de resultados depois da aprovação da transferência do controle societário para a empresa Phoenix Água e Energia, subsidiária do FIP Phoenix, a Emae contabilizou lucro líquido de R$ 37,7 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 8,3% ao registrado no mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 38,1 milhões no período, queda de 32,4%.  

A receita operacional líquida consolidada reduziu 8,1% na mesma comparação, para R$ 159,5 milhões, reflexo da diminuição na receita de construção de ativos da concessão, prestação de serviços e cotas de energia elétrica.

Entre os indicadores operacionais, a energia gerada subiu 43,5%, de 249 MWh para 357,1 MWh.

Custos e despesas

No terceiro trimestre, os custos dos serviços de energia elétrica somaram R$ 108,7 milhões, um aumento de 2% em comparação com o terceiro trimestre de 2023. A variação ocorreu devido ao incremento nas provisões para riscos trabalhistas, cíveis e tributários, segundo a empresa.

Já as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 27 milhões, alta de 5,7%.

A empresa também apresentou queda de 31,6% no número de empresados, saindo de 415 para 284.

Usinas da Emae

A Emae opera quatro usinas, que somam 960,8 MW de potência, sendo a maior delas a hidrelétrica centenária de Henry Borden, de 889 MW de potência, e cuja concessão vence em 2043. A usina está enquadrada no regime de cotas, instituída pela Lei 12.783/2013.

Também são de titularidade da Emae as usinas Pirapora, Porto Góes e Rasgão, e a operação do serviço de travessia da represa Billings e do canal do rio Pinheiros, em São Paulo. 

Em janeiro deste ano, a empresa inaugurou a primeira etapa de implantação da usina fotovoltaica flutuante (UFF) Araucária, localizada na represa Billings, em São Paulo. Com 10,5 mil placas sobre a lâmina d’água e investimento inicial de R$ 30 milhões, a planta tem capacidade para produzir até 10 GWh por ano, o equivalente ao consumo de 4 mil residências. 

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