A Vale anunciou a assinatura de mais dois contratos de abastecimento de gás no mercado livre. Desta vez, os acordos são com a Eneva e com a Origem Energia, para o abastecimento da Unidade Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo, que é responsável por 60% de todo o consumo de gás natural da companhia.
A Origem informou que vai iniciar o fornecimento em novembro de 2024, ampliando o volume até atingir 300 mil m³ por dia durante o ano de 2025, sendo responsável por aproximadamente 50% do consumo migrado para o mercado livre nesta planta. Este é o primeiro cliente industrial da Origem Energia, e o primeiro contrato na região Sudeste. A empresa já atende a distribuidoras no Nordeste. O abastecimento vai acontecer por meio da conexão com a malha da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).
Para a Eneva, este é o primeiro grande acordo de fornecimento industrial a ser atendido pelo portfólio do Hub Sergipe, que inclui o terminal de gás natural liquefeito (GNL), a mesa de comercialização de gás e conexão à malha da TAG.
Entretanto, este não é o primeiro contrato da Eneva com a Vale, já que em 2022 as empresas fecharam acordo para fornecimento de GNL à planta de pelotização em São Luís, no Maranhão, mas com o abastecimento vindo do Complexo Parnaíba.
Atualmente, a planta em São Luís está em processo de adequação para passar do óleo combustível para o gás natural, e a previsão é que os trabalhos terminem no fim deste ano, com início da operação a gás natural. Segundo as empresas, essa mudança resultará em uma redução de emissões de carbono na ordem de 28%, representando um ganho de descarbonização, além da vantagem competitiva.
Vale pretende chegar a 2025 com 90% do fornecimento de gás vindo do mercado livre
Segundo a Vale, outros contratos de fornecimento de gás natural devem ser fechados nas próximas semanas, para plantas em Minas Gerais. No próximo ano, a empresa pretende ter 90% de seu fornecimento de gás natural vindo do mercado livre de gás. Em 2024, a proporção é em torno de 20%.
“Queremos fortalecer o mercado livre de gás natural, cuja evolução consideramos uma grande conquista do setor industrial do Brasil. Nosso objetivo é obter um suprimento de gás natural confiável a preços competitivos em um mercado mais aberto, dinâmico e transparente”, explica a diretora de Suprimentos Estratégicos da Vale, Mariana Rosas. “Também buscamos forma de colaborar com o setor para desenvolver o mercado desse insumo tão relevante para a nossa economia”, disse.
Em 2023, a Vale assinou contratos de pequenos volumes e curtíssimo prazo com diferentes fornecedores no mercado livre. Na sequência, foram assinados os primeiros contratos de suprimento regular com diferentes supridores para atender a uma fração da demanda da planta de Vitória em 2024. “Os resultados dessas primeiras aquisições no mercado livre foram muito satisfatórios, o que nos levou a buscar contratos firmes mais representativos para 2025”, afirma Mariana Rosas.