A elevação da tarifa de importação das células fotovoltaicas usadas na cadeia produtiva de painéis pode resultar em uma elevação de 8% no capex dos projetos de geração centralizada. Segundo estudo publicado pela Greener, o aumento pode causar desafios na rentabilidade dos ativos diante do cenário de preços no mercado de energia.
Para a consultoria, com a revogação do ex-tarifários, haverá uma consequente elevação do custo de capital dos projetos devido ao impacto na obtenção do financiamento como bancos como Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além disso, a elevação pode gerar uma “percepção de riscos mais elevadosdadas as incertezas trazidas pelos casos de curtailment e restrições de conexão”.
De janeiro a setembro, a Greener estima que o Brasil já havia importado mais de 16 GW de módulos fotovoltaicos, sendo que as importações são responsáveis por abastecer em torno de 95%do mercado.
“Importadoras de módulos serão isentas desta alíquota por meio de uma cota da ordem de US$ 1.014.790.000 até o dia 30 junho de 2025 ou enquanto durar o saldo. O valor remanescente, porém, gira em torno de US$ 500 milhões”, diz a consultoria.
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Solar na Câmara dos Deputados
Desde maio de 2025, a Câmara dos Deputados busca analisar um projeto de lei para concessão de isenção do imposto de importação para os painéis solares fotovoltaicos. No momento, a medida aguarda deliberação na Comissão de e Minas e Energia (CME) da Casa.