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Petrobras avança em e-metanol com European Energy e anuncia venda de ativo em Sergipe

Estatal anunciou teaser de desinvestimento do campo de Tartaruga, operado pela PetroReconcavo

Edifício da Petrobras, no Rio de Janeiro
Edifício da Petrobras, no Rio de Janeiro | Fernando Frazão, Agência Brasil

A Petrobras anunciou que avançou nas negociações com a dinamarquesa European Energy sobre a implantação de uma planta de e-metanol em Pernambuco. As empresas assinaram um acordo de princípios (heads of agreement, no termo em inglês), dando continuidade ao memorando de entendimentos (MoU, na sigla em inglês) firmado há um ano.

As empresas avaliam a produção em escala comercial do e-metanol, molécula produzida a partir do hidrogênio verde e do carbono biogênico que pode ser utilizada em processos industriais ou como combustível, especialmente no transporte marítimo. Em entrevista à MegaWhat em fevereiro deste ano, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, comentou que a empresa estava em negociações sobre combustíveis sintéticos com “uma grande empresa europeia que já tem um PPA”.

A European Energy desenvolve, constrói e opera ativos de energia renovável, incluindo projetos de geração solar e eólica, bem como soluções à base de hidrogênio verde. A empresa está presente em diversos países, incluindo ativos em operação e projetos em desenvolvimento no Brasil, sendo uma das empresas pioneiras em plantas de e-metanol em escala comercial no mundo.

Venda de participação no campo Tartaruga

A Petrobras também divulgou teaser sobre a venda de sua participação de 25% no campo de Tartaruga, operado pela PetroReconcavo por meio da SPE Tiêta. O ativo está localizado em águas rasas da Bacia de Sergipe-Alagoas, no município sergipano de Pirambu.

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Segundo a estatal, o desinvestimento se explica por ser um ativo não-operado pela Petrobras e sem sinergia com o portfólio da companhia.

Trata-se de um campo pequeno, cuja produção total corresponde a menos de 1% da produção total do estado de Sergipe. A parcela de produção da Petrobras, considerando a média dos primeiros nove meses de 2024, foi de aproximadamente 41 barris de óleo por dia e 723 m³ por dia de gás associado.

A estatal esclareceu que a eventual cessão de sua participação no ativo não impactará as demais atividades da companhia na região. “Conforme estabelecido no Plano de Negócios 2025-2029, a Petrobras manterá importantes investimentos no estado de Sergipe, com a previsão de contratação de dois navios plataformas do tipo FPSOs para a área de Sergipe Águas Profundas (SEAP) com capacidade de produção de até 120 mil barris por dia cada um e a construção de um gasoduto com capacidade de 18 milhões de m³ por dia”, diz comunicado da empresa.

“Por se tratar de um campo não operado pela Petrobras, não há empregados da companhia atuando exclusivamente no ativo. Portanto, a cessão da participação da Petrobras no Campo de Tartaruga não irá gerar impacto para sua força de trabalho própria ou terceirizada”, complementa a estatal.