A carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 5,3% em 2024, para 79.899 MW médios, segundo projeção informada nesta quinta-feira, 28 de novembro, durante o primeiro dia do Programa Mensal da Operação (PMO) de dezembro.
O crescimento é maior que o projetado na última revisão quadrimestral da carga, de agosto, que apontava expansão de 4% na carga deste ano, a 78.978 MW médios.
Em relação ao PMO do mês passado, a carga do SIN foi ligeiramente revista para baixo, já que a projeção anterior era de um crescimento de 5,4%, a 79.989 MW médios.
Os números de dezembro também foram revistos para baixo na comparação com o PMO do mês passado. Agora, o ONS projeta um consumo de 80.805 MW médios no próximo mês, crescimento de 0,5%, menor que o previsto antes, que era de 0,9%.
Um dos motivos é o fato de que dezembro deste ano terá menos dias úteis que dezembro do ano passado, pela ocorrência dos feriados do natal e ano novo no meio da semana, reduzindo o consumo de energia.
Números por submercado
No Sudeste/Centro-Oeste, a carga esperada para dezembro é de 44.573 MW médios, queda de 2,9%, refletindo, principalmente, o menor número de dias úteis no mês. No mês passado, a previsão era de uma retração de 1,3% em dezembro. No ano, a carga no subsistema deve ter alta de 4,6%, a 45.134 MW médios.
No Nordeste, a carga também foi ligeiramente revisada para baixo, e deve ter alta de 1,4% no mês que vem, a 13.592 MW médios, abaixo da taxa de 1,7% prevista antes. Em 2024, o crescimento esperado é de 5,4% em média, a 13.155 MW médios.
Já no Sul, a revisão foi para cima. O ONS estima que a carga em dezembro deve crescer 4,8%, a 14.497 MW médios, patamar superior ao projetado no PMO do mês passado, que apontava alta de 1,8%, a 14.077 MW médios. Com isso, a carga do subsistema deve encerrar 2024 com crescimento médio de 5,7%, a 13.788 MW médios.
No Norte, também houve revisão para cima, uma expansão de 11,8%, a 8.143 MW médios, ante os 11,3% projetados no PMO do mês anterior. No ano, o aumento deve ser de 8,4% em média, a 7.820 MW médios.
As taxas no subsistema são mais elevadas que no restante do país por conta da retomada de carga de alguns consumidores livres, ainda que em menor proporção do que registrado no início do ano.