Reportagem do Valor Econômico destaca que a empresa do setor de energia 2W Ecobank caminha para um pedido de recuperação judicial, depois de entrar em conflito com parte de seus credores. O desgaste nas negociações, especialmente envolvendo o controlador da empresa, Ricardo Delneri, também já provocou a troca do escritório de advogados que vinha assessorando no caso: saiu a banca de Eduardo Munhoz, que deverá ser substituída pelo Padis Mattar, segundo fontes consultadas, que falaram na condição de anonimato.
Sem avançar nas negociações de venda para a Matrix Energy, que foi negociada já como parte de um processo de reestruturação, 2W Ecobank contratou a consultoria Íntegra, que vinha mediando as conversas com credores.
TCU manda MME elaborar estudo sobre revisão de subsídios do setor elétrico
A Agência Infra informa que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na quarta-feira (27/11) determinação para que o Ministério de Minas e Energia (MME) apresente em até 180 dias um plano de ações com o objetivo de rever a matriz de subsídios do setor elétrico. A pasta também deverá entregar no mesmo prazo um cronograma para estabelecer objetivos e metas para uma transição energética com justiça social no país.
O relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues, também incluiu no acórdão a recomendação para que o MME, juntamente com outros órgãos do governo, revise a estratégia de financiamento da transição energética brasileira “com vistas a mitigar o subaproveitamento da renda petrolífera para financiamento da transição energética, o desbalanceamento dos investimentos públicos entre energias fósseis e renováveis e as distorções na matriz de subsídios”.
O acórdão é fruto da conclusão de uma auditoria realizada pela corte de contas sobre as políticas de transição energética. O relatório identificou que não existe um plano de mitigação de emissões do setor de energia, com metas claras. Concluiu ainda que os subsídios do setor elétrico são uma das principais fontes de financiamento de projetos verdes e precisam ser revistos para que, de fato, o país tenha uma transição energética que seja justa socialmente.
Equinor: Projeto Raia ganha impulso com gasoduto de 200 km
Reportagem do jornal O Globo destaca que o Projeto Raia, uma das principais iniciativas em curso no país para aumentar a produção de gás, entrou em nova fase. Localizados na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, os futuros campos, que serão operados pela Equinor (35%), em parceria com a Repsol Sinopec Brasil (35%) e a Petrobras (30%), receberam os tubos de aço que serão utilizados na instalação de mais de 200 quilômetros de gasoduto, do alto-mar até o litoral.
Em cerimônia realizada na fábrica da Tenaris, em Pindamonhangaba, São Paulo, autoridades e representantes das companhias celebraram o avanço do projeto, que pode criar até 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo de seu ciclo de vida útil. O contrato entre a Equinor e a Tenaris, fabricante dos tubos, é de aproximadamente R$ 2 bilhões.
O Projeto Raia conta com dois campos, Raia Manta e Raia Pintada, que somam investimentos totais de cerca de US$ 9 bilhões e reservas recuperáveis superiores a 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), sendo quase que a totalidade de gás natural. O projeto, com início operacional previsto para 2028, tem o potencial de fornecer até 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, suprindo cerca de 15% da demanda de gás natural do país.
“Estamos desenvolvendo o Gasoduto Raia com 99% do aço produzido por uma cadeia de suprimentos brasileira”, informa Veronica Coelho, presidente da Equinor Brasil.
São Paulo tem pontos de alagamentos e mais de 100 mil sem luz
A chuva deixou a cidade de São Paulo sob estado de atenção para alagamentos das 16h20 às 18h de ontem (28/11), de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura.
Ao todo, a cidade teve dez pontos de alagamentos. Às 18h, o CGE registrava cinco pontos de alagamentos intransitáveis na cidade, todos na região sul.
Às 17h30, o Corpo de Bombeiros divulgou que já havia recebido 22 chamados para quedas de árvores e seis para alagamentos na Grande São Paulo. Nesse mesmo horário, a Enel informou que as pancadas de chuva e raios afetaram o fornecimento de energia para cerca de 109 mil clientes. (Valor Econômico)
ONS utilizará agrupamento de usinas para avaliação de restrições operativas à geração renovável na Bahia
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que, com o objetivo de garantir a segurança operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN), implementou, na Bahia, a mesma regra de clusterização para controle de fluxos já implementada em setembro no Ceará e no Rio Grande do Norte.
Essa regra distribui de maneira mais equilibrada as restrições de geração eólica e fotovoltaica, evitando desequilíbrios acentuados no ponto de operação, mitigando riscos à operação do SIN.