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Venda de térmica reacende debate sobre carvão no Brasil e expõe dilema ambiental e econômico – Edição do dia

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Termelétrica a carvão mineral / Crédito: Governo RS
Termelétrica a carvão mineral / Crédito: Governo RS

O Valor Econômico informa que o setor carbonífero recebeu com entusiasmo a notícia da venda da termelétrica de Figueira (20 MW), na semana passada, pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) ao Grupo Electra, na expectativa de que a usina movida a carvão volte a operar depois de quase um ano parada.

A possibilidade de retomada da geração de energia com carvão ganha ainda mais força com a perspectiva de que o Congresso vote, nesta semana, o projeto de lei 11.247/2018, que, além de criar o marco regulatório para a exploração da energia eólica “offshore”, inclui emendas que prorrogam subsídios a usinas térmicas a carvão até 2050.

A reportagem destaca que, em um contexto no qual diversos países estão saindo do carvão, o Brasil tem compromissos de redução de emissões e sediará a COP 30 — a pressão de ambientalistas aumentou, sobretudo, no cumprimento dos compromissos climáticos do país.

Localizada no Norte do Paraná, a termelétrica de Figueira foi vendida como parte de um pacote de 13 usinas, que incluía pequenas hidrelétricas e uma usina eólica, negociado por R$ 450,5 milhões.

Eletronuclear busca formas de baratear custo de Angra 3

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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai discutir o destino da usina nuclear de Angra 3 em reunião no dia 10 de dezembro, conforme apurou o Valor Econômico. Oficialmente, a previsão ainda é que o tema seja analisado na reunião ordinária a ser realizada na quarta-feira (4/12).

Caso o CNPE decida abandonar as obras, o custo é estimado em R$ 21 bilhões, fora as despesas com a preservação do projeto, entre outras. Retomar as obras, paradas desde 2015 e com 67% do cronograma executado, demandaria R$ 23 bilhões. Procurado, o Ministério de Minas e Energia disse que a possível reunião extra do CNPE ainda não está confirmada.

Eletronuclear recorre ao governo para garantia de empréstimo após recusa da Eletrobras

Com dificuldades para obter financiamento de R$ 3 bilhões para conclusão do projeto de extensão da vida útil da usina nuclear de Angra 1, a Eletronuclear recorreu ao governo federal para obter as garantias financeiras necessárias ao empréstimo. Para isso, será preciso aval da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), ligada ao Ministério do Planejamento, que deve sair ainda neste ano.

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, afirmou para a Agência Infro que essa foi a alternativa encontrada porque a Eletrobras se recusou a ser avalista alegando que tinha essa obrigação por não ter mais o controle da empresa. Já a atual controladora, a ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), não tem musculatura financeira suficiente para dar tal garantia. 

“O que a Eletrobras diz é que, como não tem mais o controle, não tem a obrigação de aportar. Isso porque, quando teve a privatização, nada ficou acertado no acordo de investimentos sobre Angra 1 e Angra 2, só sobre a conclusão de Angra 3. E a ENBPar é pequena, então tem que subir pra União. Mas esse processo de garantia soberana é um processo lento”, afirmou Raul Lycurgo.

Programa do Ibama para converter multas de R$ 30 bilhões em recuperação ambiental trava em burocracias

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que o plano de restauração ambiental mais ambicioso do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que previa a conversão de multas bilionárias em projetos de recuperação da fauna e flora, está emperrado em um emaranhado de burocracias administrativas e limitações de pessoal.

A criação da iniciativa de conversão de multas em programas e serviços ambientais foi apresentada pelo Ibama como a solução para seu passivo de mais de 200 mil multas ambientais, que somam cerca de R$ 30 bilhões, conforme dados de 2023.

De acordo com a reportagem, em média, menos de 5% dessas autuações são pagas pelos infratores. Os processos acabam mergulhados em intermináveis recursos administrativos e judiciais, sem que o pagamento ocorra efetivamente — isso quando a multa não prescreve.

ONS: reservatórios de três subsistemas devem encerrar 2024 com níveis acima dos 40%

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana operativa entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro já apresenta os indicadores para o encerramento de 2024.

A recuperação dos principais reservatórios dos subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) está em ritmo compatível com as afluências registradas até o momento. A expectativa é que três subsistemas cheguem a 31 de dezembro com patamares de Energia Armazenada (EAR) superiores a 40%, sendo o Sul aquele com o percentual mais elevado, 60,5%, seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste (48,7%) e pelo Nordeste (46,8%). A região Norte deve ser de 38,3%.

O subsistema Sul tem a mais elevada projeção para a Energia Natural Afluente (ENA) ao final de dezembro, podendo chegar a 136% da Média de Longo Termo (MLT). Para as demais regiões, as perspectivas são as seguintes: 95% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 84% da MLT no Norte; e 60% da MLT no Nordeste.

O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em todas as regiões no valor de R$ 5,91, uma redução expressiva ante à projeção da última revisão (R$ 90,83). A queda no CMO reflete, entre outros fatores, a melhoria nas projeções da ENA, que é a quantidade de água que chega aos reservatórios das usinas hidrelétricas e que pode ser convertida em energia elétrica.

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de crescimento no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em três subsistemas. O avanço no SIN deve ser de 0,5% (80.805 MWmed). A maior aceleração é esperada na região Norte, com 11,8% (8.143 MWmed). O Sul e o Nordeste também devem expandir: com 4,8% (14.497 MWmed) e 1,4% (13.592 MWmed), respectivamente. Apenas o Sudeste/Centro-Oeste tem a estimativa de redução: 2,9% (44.573 MWmed). Os números são comparações entre as projeções para dezembro de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023. (Fonte: ONS)

Dezembro terá bandeira verde para a conta de luz

A bandeira tarifária para dezembro será verde, conforme anúncio feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira. Após a vigência da bandeira amarela em novembro, a expressiva melhora das condições de geração de energia no país permitiu a mudança para a bandeira verde em dezembro, deixando-se de cobrar o adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.

Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas – acionadas mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos. (Fonte: Aneel)

Projeto no Nordeste busca expandir energia solar para pequenos agricultores

A Folha de S. Paulo informa que, na fronteira entre Alagoas e Sergipe, centenas de organizações de agricultores, movimentos sociais e ativistas de todo o Nordeste lançaram um projeto que propõe “descentralizar” a produção de energia solar no semiárido, território com 1.262 municípios que nos últimos anos se tornou o principal alvo de empresas de energias renováveis.

O plano Um Milhão de Tetos Solares foi anunciado durante o 10º Encontro Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro (EnconASA), realizado entre 18 e 22 de novembro e que teve como sede as cidades vizinhas de Piranhas (AL) e Canindé do São Francisco (SE).

Ainda sem fonte de financiamento confirmada, a ideia é instalar placas solares na casa de agricultores. Na fase piloto, que deve começar em 2025, cerca de 4.000 famílias de 60 municípios serão beneficiadas, um investimento estimado em R$ 78 milhões.

Empresa alemã inaugura nova fábrica de geradores de hidrogênio em Minas Gerais

O grupo alemão Neuman & Esser (NEA) inaugurou, na semana passada, uma nova unidade de fabricação de geradores de hidrogênio de baixo carbono, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Com investimento de R$ 70 milhões, a nova unidade espera aumentar a produção de eletrolisadores do tipo PEM em até sete vezes, com capacidade de produzir até 70 MW/ano. Os equipamentos são utilizados para a produção do hidrogênio verde, com a eletrólise da água a partir de eletricidade de fontes renováveis.

Além disso, a fábrica também vai expandir a capacidade de produção de compressores de gases industriais, como hidrogênio e carbono, e de reformadores – equipamentos para produção de hidrogênio a partir da reforma de biogás e de etanol, por exemplo. (Agência Eixos)

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: Mesmo com a previsão oficial de fechar este ano com as contas públicas dentro da meta fiscal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve entregar um rombo maior, estimado em R$ 64,4 bilhões pelo próprio Executivo. Por decisões judiciais ou determinação legal, o governo tem tirado do cálculo da meta algumas despesas. No entanto, mesmo que isso seja autorizado por lei, esses gastos não escapam da dívida pública. O resultado é o aumento da previsão do endividamento do governo brasileiro mesmo com o pacote de cortes anunciado na semana passada, o que preocupa especialistas.

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Valor Econômico: O ano de 2024 foi marcado por intensa troca de CEOs em importantes companhias instaladas no país, consequência do processo de reestruturação de boa parte dessas empresas, além da pressão de acionistas e credores por melhores resultados.

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Folha de S. Paulo: O plano de restauração ambiental mais ambicioso do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que previa a conversão de multas bilionárias em projetos de recuperação da fauna e flora, está emperrado em um emaranhado de burocracias administrativas e limitações de pessoal.

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O Estado de S. Paulo: Um esquema de exploração de apostas online operado por chineses usa o cadastro de bets do governo federal para dar aparência de legalidade ao negócio. Empresas de fachada abertas em nomes de “laranjas” brasileiros disseminam cassinos virtuais irregulares, que funcionam sem qualquer controle. Entre os aliciados pelas “bets chinesas” para emprestar documentos em troca de pagamentos estão beneficiários de auxílios sociais, como o Bolsa Família.

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