Inadimplência

Amazonas Energia e Rio Alto são as maiores inadimplentes na CCEE

Empresas foram responsáveis por grande parte da inadimplência de quase R$ 178 milhões nas operações do MCP de outubro.

Crédito: Marcos Santos, USP
Crédito: Marcos Santos, USP

A distribuidora Amazonas Energia e a Rio Alto foram as responsáveis por grande parte da inadimplência de quase R$ 178 milhões nas operações do mercado de curto prazo de energia de outubro, informada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ontem, 11 de dezembro.

Segundo detalhamento da inadimplência divulgado hoje pela CCEE, a Amazonas Energia deixou de pagar R$ 149,5 milhões.

A exposição da distribuidora é reflexo da conversão de seus Contratos de Compra de Energia (CCEARs) por Contratos de Energia de Reserva (CER), concluída na vigência da Medida Provisória 1.232, editada para viabilizar a transferência de controle da Amazonas.

Após a conversão dos contratos, a distribuidora deixou de estar sobre contratada para ficar subcontratada. Como o PLD deu um salto em outubro, antes do retorno das chuvas no mês seguinte, a exposição no MCP resultou no valor elevado.

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No leilão A-1 realizado na semana passada, a Amazonas foi uma das maiores compradoras, e ficou com 194 MW médios, montante necessário para cobrir a descontratação atual.

A distribuidora passa ainda pelo desafio da transferência de controle acionário, já que a eficácia do acordo assinado no último dia de vigência da MP 1.232 pela Âmbar ainda é questionada pela Aneel na Justiça.

Atraso em projeto e curtailment 

Além da distribuidora, outro destaque na lista de inadimplentes de outubro é a Rio Alto, que deixou de pagar cerca de R$ 24 milhões referente aos parques solares fotovoltaicos Santa Luzia I a Santa Luzia IX. 

Segundo fontes com conhecimento da geradora, a exposição reflete curtailment e atraso na conclusão do empreendimento. 

A empresa enfrenta desafios financeiros significativos desde que seus planos de concluir uma oferta pública inicial de ações (IPO) precisou ser interrompido, em 2021, pela deterioração das condições do mercado. 

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