A capacidade de geração de energia solar no Brasil deve crescer 25,6% em 2025, ou 13,2 gigawatts (GW), alcançando uma potência acumulada de 64,7 GW, estimou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) na semana passada.
Pelas projeções da entidade, irão puxar esse crescimento as pequenas usinas solares instaladas em telhados, fachadas e terrenos, enquadradas na modalidade de geração distribuída, com previsão de avanço de 25% ante 2024, para uma capacidade total de 43 GW no país.
Já as grandes usinas solares, classificadas como geração centralizada, deverão alcançar 21,7 GW no próximo ano, um aumento de capacidade de 27,1%. (Folha de S. Paulo)
ONS aponta aumento no nível dos reservatórios em todos os sistemas
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana operativa entre os dias 14 e 20 de dezembro indica que os níveis de Energia Armazenada (EAR), ao final de dezembro, devem ser superiores a 50% em três subsistemas. Além disso, essa revisão ainda registra que todas as estimativas são superiores às primeiras projeções para o mês.
O índice mais elevado deve ser verificado no Sul, 80,9% ante 58% divulgados na semana passada. Para os demais, os percentuais são os seguintes: Norte, 53,2% (46,3%); Sudeste/Centro-Oeste, 51,2% (47,1%); e Nordeste, 46,2% (45,8%).
As projeções para a Energia Natural Afluente (ENA), na atual edição, também estão mais favoráveis ante os números divulgados previamente. O Sul deve apresentar a ENA mais expressiva em 31 de dezembro: 212% da Média de Longo Termo (MLT), na última semana esse percentual era de 124% da MLT.
Na sequência, estão o Sudeste/Centro-Oeste, com 107% da MLT; o Norte, com 92% da MLT; e o Nordeste, com 61% da MLT. A ENA reflete a quantidade de água que deve chegar aos reservatórios das usinas hidrelétricas e pode ser convertida em energia elétrica.
Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de aceleração no Sistema Interligado Nacional (SIN) e dois subsistemas, e de retração em outras duas regiões. A expansão no SIN é estimada em 0,9% (81.117 MWmed). Os submercados com perspectiva de crescimento são o Norte, 8,7% (7.914 MWmed), e o Nordeste, 1,8% (13.644 MWmed).
Aqueles que podem registrar uma leve redução na carga são o Sul, 0,4% (13.771 MWmed), e o Sudeste/Centro-Oeste, 0,2% (45.788 MWmed). Os números são comparações entre as projeções para dezembro de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023.
O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em todas as regiões no valor de R$ 1,71, redução ante a última revisão (R$ 5,49). A queda no CMO reflete, entre outros fatores, a melhoria nas projeções da ENA. (Fonte: ONS)
Consulta pública sobre novas regras para concessões de distribuição de energia revela impasses
Análise do Valor Econômico indica que a divulgação das contribuições à consulta pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aprimoramento das regras para prorrogação de concessões de distribuição de energia elétrica mostrou que há convergência de interesses do setor em temas estratégicos. Mas também expôs divergências importantes entre as distribuidoras e o poder concedente, que podem dificultar o avanço das negociações.
O processo de renovação das concessões das distribuidoras envolve a revisão e a atualização dos contratos das empresas responsáveis por levar energia elétrica até os consumidores. A Aneel fez consultas públicas para definir novas regras, que garantam investimentos em modernização e resiliência, além de maior equilíbrio financeiro.
Petroleiras investem US$ 20 bilhões em fontes renováveis para cortar emissões
Soja, macaúba, agave, palma, carinata e cártamo. São apenas algumas das matérias-primas na mira de empresas do setor de petróleo e gás para ampliar a produção de biocombustíveis no Brasil, conforme reportagem do jornal O Globo.
Investimentos nessa área de Petrobras, Shell, Acelen (do fundo Mubadala, dos Emirados Árabes) e Refinaria Riograndense somam ao menos US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões, no câmbio atual) em várias frentes, como laboratórios, compra de terras e construção de biorrefinarias para a produção de diesel verde, querosene de aviação sustentável (SAF, pela sigla em inglês) e bunker renovável, usado para abastecer navios.
Para especialistas, a tendência reflete as iniciativas de descarbonização contra o aquecimento global que as petroleiras tiveram de abraçar e programas de incentivo do governo, como o Combustível do Futuro, oficializado recentemente pelo presidente Lula e à espera de regulamentação.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O ano de 2024 marcou a retomada da indústria de transformação, que vem tendo desempenho exportador melhor que no ano passado. Hoje o setor é um dos principais motores dos embarques brasileiros, com destaque para alimentos, máquinas e equipamentos e produtos de madeira. A Federação das Indústrias de São Paulo prevê que a indústria de transformação cresça 3,1% neste ano, em relação a 2023.
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O Globo: A prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi justificada, em parte, pela existência de indícios de que o militar atuou para ajudar a financiar um plano para assassinar e sequestrar autoridades. Agora, a Polícia Federal (PF) segue o rastro do dinheiro que, segundo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi entregue pelo general para viabilizar as ações clandestinas, após ser obtido “junto ao pessoal do agronegócio”.
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O Estado de S. Paulo: A escalada do dólar e a consolidação da moeda americana no patamar de R$ 6 já fazem indústrias de alimentos, bebidas, higiene, limpeza, eletrodomésticos e eletroeletrônicos programarem aumentos de preços de até dois dígitos para o início do ano que vem. A pressão de custos pela disparada da moeda americana, que acumula alta de mais 4% este mês e quase 25% no ano, mexeu nas projeções de inflação para 2024 e, principalmente, 2025. Pela primeira vez, a mediana das projeções do mercado para o ano que vem rompeu o teto da meta de inflação (4,5%).
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Folha de S. Paulo: A carnificina exposta no hospital Al-Mujtahid, em Damasco, indica a magnitude do horror dos 24 anos da ditadura de Bashar al-Assad na Síria. Na tarde ensolarada deste domingo (15), familiares de desaparecidos nas prisões de Assad enfileiravam-se diante de uma sala no necrotério do hospital. Tentavam identificar seus filhos, irmãos ou primos entre oito cadáveres de homens estirados no chão, com sinais aparentes de tortura, estado grave de desnutrição, buracos de bala, além de uma perna amputada do joelho para baixo e um saco com ossos apoiado na parede.