A PetroReconcavo e a Brava Energia (companhia resultante da integração entre 3R Petroleum e Enauta) assinaram um acordo de parceria para compra e venda, da Brava para a PetroReconcavo, de 50% da infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural na Bacia Potiguar, estado do Rio Grande do Norte, e compromissos de suprimento de gás entre as empresas. O acordo tem exclusividade de 60 dias para que sejam atingidas as condições precedentes para assinatura do contrato definitivo.
Os ativos contemplados na transação incluem as unidades de processamento de gás natural (UPGN) II e III de Guamaré, com capacidade total de processamento de 3 milhões de m³ de gás por dia, além do gasoduto que conecta as instalações da PetroReconcavo ao ativo industrial de Guamaré e as esferas utilizadas para o armazenamento do gás liquefeito de petróleo (GLP) produzido nas UPGNs.
O acordo prevê que a Brava Energia será a operadora do consórcio. Além disso, o termo estabelece compromisso de aquisição de 150 mil m³ de gás natural da PetroReconcavo pela Brava por cinco anos, a partir do segundo semestre de 2025.
O valor da transação é de US$ 65 milhões, sendo 35% pagos na assinatura e o restante no fechamento. A conclusão do acordo está condicionada à negociação e assinatura do documento de compra e venda dos ativos (SPA) e seus anexos, além da conclusão das condições precedentes.
A previsão é que a transação seja concluída em 2025. Até lá, as empresas formarão um comitê operacional para gerenciar as operações conjuntas dos ativos.
A PetroReconcavo informou que já é a maior contratante da infraestrutura de escoamento e processamento da Brava Energia no Rio Grande do Norte. As empresas já vinham estudando a parceria na UPGN de Guamaré anteriormente, e em julho assinaram memorando de entendimento (MoU) sobre o assunto.
A produção da PetroReconcavo chegou a ser impactada por problemas no acesso à UPGN de Guamaré, entre o final de 2023 e início de 2024.
Além do acordo com a Brava Energia, a PetroReconcavo busca diversificar suas alternativas de escoamento, com o objetivo de alcançar capacidade de processamento para toda a sua produção de gás natural. Atualmente, o insumo é responsável por 42% da receita da empresa.
Assim, a PetroReconcavo anunciou um investimento estimado de US$ 60 milhões na construção de sua segunda planta de processamento de gás na Bahia, a unidade de processamento de gás natural (UPGN) de Miranga. Localizada no município de Pojuca, a unidade terá capacidade de processamento de até 1,5 milhão de m³/dia e atenderá os ativos da companhia na região que não estão interligados à UTG São Roque.
“A parceria entre a Brava e a PetroReconcavo no midstream de gás natural do Rio Grande Norte visa aprimorar a eficiência e maximizar a utilização dos ativos de infraestrutura, reduzindo custos operacionais e ampliando a confiabilidade da produção e escoamento de gás natural e derivados na região”, declarou a Brava em nota.